Dois soldados do batalhão ucraniano Azov, que defendeu a cidade de Mariupol durante vários meses em 2022, foram condenados a 13 anos de prisão pela Justiça russa por uma alegada tentativa de homicídio de um civil, informou a RIA Novosti.
De acordo com a Procuradoria Militar russa, o Supremo Tribunal de Donetsk, região anexada pela Rússia no ano passado, condenou Andriy Pilyavsky e Roman Kharkenko, de uma unidade militar do regimento Azov da Guarda Nacional Ucraniana, na sequência de uma “tentativa de homicídio por um grupo de indivíduos motivados pelo ódio e pelos maus tratos a civis”.
A investigação estabeleceu que, a 5 de março de 2022, as tropas ucranianas em Azov estavam a monitorizar o movimento das russas em Mariupol, na altura sitiada pela Rússia.
“Ao verem um homem desarmado na varanda de uma casa, indignado com as ações criminosas contra a população civil, começaram a disparar contra ele com metralhadoras. O homem conseguiu sair da linha de fogo e abrigar-se”, relata a RIA Novosti.
De acordo com a versão dos juízes russos em Donetsk, os dois combatentes Azov “dispararam na direção do homem 20 a 30 vezes”.
O Comité de Investigação russo afirmou que os dois membros do batalhão Azov “admitiram plenamente a sua culpa”.
O Supremo Tribunal da Rússia declarou o regimento uma organização terrorista a 2 de agosto de 2022.