O parlamento aprovou esta sexta-feira, por unanimidade, a deslocação do Presidente da República a Londres, em visita oficial entre 14 e 16 de junho.
No pedido de assentimento feito à Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa detalhou que a visita se insere nas comemorações dos 650 anos dos Tratados de Tagilde e de Londres.
O Tratado da Aliança entre Portugal e Inglaterra, ou Tratado de Tagilde, foi assinado a 10 de julho de 1372, na Igreja de São Salvador de Tagilde (Vizela), entre o Rei D. Fernando e representantes do duque de Lencastre (filho de Eduardo III de Inglaterra).
Este Tratado de Tagilde, que tem o nome da localidade próxima de Guimarães, foi o primeiro de uma série de acordos entre os dois países, o qual foi reforçado no ano seguinte pelo Tratado de Paz, Amizade e Aliança, assinado em 1373 em Londres.
A aliança anglo-portuguesa, a mais antiga entre estados independentes, foi renovada em outras ocasiões, em particular com o tratado de Windsor (1386), que resultou no casamento do rei de Portugal, João I, com D. Filipa de Lencastre.
O Presidente da República esteve recentemente em Londres para assistir à coração do Rei Carlos III, em 6 de maio, que considerou o início de “um novo ciclo histórico”.
“É um novo ciclo histórico que se abre”, vincou, recordando que já tinha estado em setembro na capital britânica “numa altura muito triste”, para o funeral da Rainha Isabel II.
Em maio, o chefe de Estado disse ter aproveitado a coroação para alguns encontros bilaterais e multilaterais com homólogos, como foi o caso do brasileiro Lula da Silva e do angolano João Lourenço.