Centenas de pessoas, com ‘slogans’ contra a NATO e bandeira do Partido os Trabalhadores do Curdistão (PKK), manifestaram-se este domingo em Estocolmo, na Suécia, denunciando a nova legislação antiterrorista sueca, que consideram ter sido adotada por pressão da Turquia.
“Estão a perseguir os curdos na Suécia”, afirmou Tomas Petterson, um porta-voz da Aliança contra a NATO, que organizou o protesto.
O objetivo da nova legislação é conseguir que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, “deixe a Suécia entrar na NATO”, acrescentou, citado pela agência France-Presse.
“A nossa presença na NATO vai submeter-nos à chantagem de Erdogan”, disse o ex-deputado sueco Amineh Kakabaveh, que participou na manifestação.
A Turquia tem bloqueado há 13 meses a adesão da Suécia à Aliança Atlântica acusando Estocolmo de acolher militantes curdos.
A nova lei que entrou em vigor na Suécia em 01 de junho introduz ações judiciais por “participação numa organização terrorista”, reforçando a legislação do país neste domínio, um das condições colocadas pela Turquia, membro da NATO desde 1952, para levantar o seu veto à adesão da Suécia.
Erdogan, que iniciou no sábado um terceiro mandato presidencial, reclama a extradição pela Suécia de dezenas de militantes curdos.
O governo turco exprimiu no início da semana a sua irritação com a organização desta manifestação por movimentos próximos do PKK, mas a polícia sueca confirmou na sexta-feira que a autorizava, respeitando a liberdade de expressão.