A Fábrica dos Unicórnios de Lisboa lançou a segunda edição do programa de aceleração “Scaling Up”, que passa a contar no total com 16 empresas tecnológicas. Automaise, Didimo, Mediaprobe, Microharvest, Progrow, Rauva, Sheerme e Splink são os nomes das oito novas integrantes, que foram esta segunda-feira anunciadas num evento que contou com a participação de Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa.

Estas empresas juntam-se às integrantes da primeira edição do programa (Sensei, Bairro, HolyWally, Knok, Leadzai, Orna, Pleez e Zharta), que arrancou em janeiro e que ainda se encontra a decorrer. Em comunicado, a Fábrica dos Unicórnios indica que as oito novas empresas “foram selecionadas de um total de mais de 30 candidaturas, tendo por base os critérios de admissão do programa, que incluem o estágio atual de desenvolvimento: investimento angariado relevante, equipa forte e estruturada, produto ou serviço em comercialização e tração de crescimento”; e ainda a “adequação ao programa: capacidade de apoio dos parceiros, potencial de negócio futuro e planos de expansão internacional”.

Sete scaleups juntam-se à Sensei no programa de aceleração da Fábrica dos Unicórnios de Moedas

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Questionado pelo Observador sobre se existem empresas desta segunda edição que já tinham concorrido à primeira, Gil Azevedo destacou a confidencialidade das candidaturas: “Só serão conhecidas as selecionadas, de forma a não expor ou colocar numa posição sensível as scaleups que não foram selecionadas nesta e numa primeira fase”.

O diretor executivo da Fábrica dos Unicórnios e da Startup Lisboa afirmou ainda que “sempre esteve pensado” que as duas edições decorressem em simultâneo, mas em fases distintas, durante alguns meses. A sobreposição, indicou, “permite que as scaleups criem uma comunidade maior e mais forte, potenciando o networking e oportunidades conjuntas”.

Com o objetivo de apoiar mais de 20 tecnológicas “de elevado potencial por ano com o suporte necessário para ajudar a desbloquear e maximizar o seu potencial de crescimento”, a Fábrica dos Unicórnios indicou que “haverá até três edições” do “Scaling Up” por ano.

As oito tecnológicas escolhidas, que são apresentadas de seguida com mais detalhe, “têm mais de 46 milhões de euros já levantados em rondas de investimento, que juntamente com as scaleups da primeira edição, totalizam 76 milhões de euros”. E apresentam “um ritmo de crescimento acelerado”, empregando “quase 200 trabalhadores”.

  • Automaise: automatiza tarefas e processos para otimizar o apoio ao cliente através de uma plataforma que recorre à Inteligência Artificial. São uma “solução omnipresente em todo o ciclo de vida de cada interação com o cliente, desde a gestão autónoma de solicitações de baixa/média complexidade até à melhoria dos tempos de resposta dos operadores”. Há três anos foram uma das três vencedoras da 4.ª edição do concurso Prio Jump Start.

Startup brancarense Automaise é uma das vencedoras do concurso Prio Jump Start

  • Didimo: desenvolve humanos digitais e recentemente lançou uma nova ferramenta, baseada em Inteligência Artificial generativa, que permite criar centenas de personagens de videojogos — “totalmente animáveis e personalizáveis” — em minutos. Diz que a sua missão é “trazer a riqueza do envolvimento humano a cada interação digital”.

Startup portuguesa Didimo lança ferramenta que permite criar centenas de personagens de videojogos em minutos

  • Mediaprobe: plataforma que mede “reações emocionais a partir de sensores fisiológicos distribuídos a painéis de participantes que consomem conteúdo media a partir das suas casas”. Combina monitorização remota e machine learning para entregar “medidas mais precisas de impacto emocional em media a uma indústria em constante procura de melhores medidas de qualidade de impressão”.
  • Microharvest: quer “produzir proteínas nutritivas e sustentáveis para alcançar o sistemas alimentar resiliente de amanhã”. Diz satisfazer as necessidades de fabricantes tanto de alimentos como de rações e comida para animais de estimação com uma “solução mais pequena, melhor e mais rápida”.

MicroHarvest. Startup fecha ronda de 8,5 milhões e vai fabricar proteínas numa “localização interessante” em Lisboa

  • proGrow: plataforma dedicada à linha da frente das operações industriais, que converte “qualquer equipamento ou posto de trabalho online”. Com conectividade IoT e análise de dados de última geração e ainda “com dashboards em tempo real e alertas automáticos, a informação propaga-se rapidamente e as decisões são baseadas em dados”
  • Rauva: considerada a primeira “super-app para negócios em Portugal”, que permite aos utilizadores “abrir contas empresariais, efetuar pagamentos, enviar e acompanhar faturas certificadas, registar despesas e emitir cartões físicos e virtuais”.
  • sheerME: marketplace de serviços de bem-estar que permite aceder a marcações e pagamentos online através de uma aplicação e integrações com plataformas como Google, Meta e Glovo. O objetivo é que o “consumidor consiga marcar o que precisa de forma fácil”. A cada marcação ganham “benefícios numa wallet para descontar” nas seguintes.

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  • Splink: quer aproximar adeptos dos seus clubes através de experiências imersivas e miniaturas colecionáveis de camisolas de futebol. Através da integração da realidade aumentada nos produtos, diz conseguir recolher dados reais que “permitem às equipas monetizar os adeptos de forma mais eficiente”.

Do “falhanço” à aprovação de Ronaldo. Como o trio de ataque da Splink aproxima adeptos e clubes através de realidade aumentada