Bairro, HolyWally, Knok, Leadzai, ORNA, Pleez e Zharta. São os nomes das scaleups selecionadas para se juntarem à Sensei no programa de aceleração “Scaling Up” da Fábrica dos Unicórnios.

O pontapé de saída para a primeira edição do programa é dado esta terça-feira, dia em que as empresas começam a “dar a conhecer os seus modelos de negócio a 28 fundos de investimento e aos mais de 30 parceiros corporate”, revela a Fábrica dos Unicórnios de Lisboa, em comunicado. As scaleups selecionadas vão, “durante os próximos oito meses”, desenvolver “competências críticas e acelerar o crescimento e expansão dos seus negócios”.

As oito scaleups escolhidas, que são apresentadas com mais detalhe nos tópicos abaixo, já “levantaram em conjunto mais de 30 milhões de euros” e têm, em média, “equipas de 35 funcionários”.

  • Sensei (Inteligência Artificial/Retailtech): foi a primeira a ser escolhida e anunciada, em novembro, na Web Summit (ao contrário das restantes que só são conhecidas esta terça-feira). Fundada em 2017, “utiliza o poder da visão computacional, fusão de sensores e algoritmos de Inteligência Artificial para criar lojas completamente autónomas” que permitem dizer adeus a caixas ou filas nos supermercados.

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  • Bairro (Foodtech/Retailtech): criada em dezembro de 2020, a empresa, especializada “na distribuição urbana” para “quick-commerce e para a logística de e-commerce“, permite que “as marcas ofereçam entregas no próprio dia, no dia seguinte e entregas instantâneas via vários canais de venda”.
  • HolyWally (Fintech): é considerada a “primeira plataforma no mundo de ‘wallet-as-a-service’ que combina adaptabilidade, capacidade de expansão e experiência otimizada do utilizador, com a criação” de uma carteira móvel.
  • Knok (Healthtech): fundada em 2015, pretende “transformar os cuidados de saúde” através da criação de uma “solução de Inteligência Artificial que identifica a frequência cardíaca, respiratória e a pressão arterial do paciente durante uma videoconsulta”. Além disso, a plataforma da Knok permite agendar consultas ou a realização de uma “triagem online dos sintomas”.

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  • Leadzai (Adtech): foi criada em 2017 como Advertio, mas mudou de nome em setembro do ano passado. A plataforma ajuda “pequenos negócios a colocar anúncios online” em plataformas como, por exemplo, Google, Facebook ou Instagram.

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  • ORNA (Cibersegurança): fundada em 2022, com sede no Canadá, é uma plataforma baseada em Inteligência Artificial para “pequenas e médias empresas” que “deteta ciberataques e utiliza a IA para orientar os esforços de resposta, informação, cumprimento e prevenção” das ameaças à segurança dos seus clientes.
  • Pleez (Foodtech): criada em plena pandemia, em 2020, disponibiliza serviços de otimização de vendas para restaurantes e plataformas de entrega, incluindo “ferramentas para seguir a concorrência” e tendências de mercado, que permitem “economizar tempo na análise de mercado e gestão de menus”.

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  • Zharta (Web 3): encontra-se a desenvolver “o novo mercado de capitais, fornecendo uma infraestrutura financeira para o metaverso”. Além disso, “está a criar liquidez no mercado NFT ao permitir empréstimos em tempo real através da criação de um mercado entre quem procura liquidez” e “eficiência de capital através da construção de pools de empréstimos totalmente automatizadas”.

Foram 33 as empresas que se candidataram ao programa “Scaling Up”, quatro vezes mais do que as vagas disponíveis. Questionado pelo Observador, Gil Azevedo, diretor executivo da Fábrica dos Unicórnios e da Startup Lisboa, não revelou o nome das scaleups que não foram escolhidas. “As candidaturas são confidenciais” para “não expor ou colocar numa posição sensível as scaleups que não foram selecionadas”, disse.

Gil Azevedo afirmou ainda que o programa “não vai apoiar financeiramente nenhuma das scaleups selecionadas”, uma vez que a Fábrica dos Unicórnios “age como facilitador” e coloca as empresas em “contacto direto” com investidores parceiros.

A seleção das oito scaleups foi feita “através de uma avaliação dos perfis e entrevistas, tendo por base os critérios de admissão ao programa, que incluem o estágio atual de desenvolvimento: investimento angariado relevante, equipa forte e estruturada, produto ou serviço em comercialização e tração de crescimento; bem como a adequação ao programa: capacidade de apoio dos parceiros, potencial de negócio futuro e planos de expansão internacional”.