O I-Pace não é dos veículos eléctricos mais recentes no mercado, mas possui um conjunto de características que o colocam bem acima da maioria dos concorrentes. Sobretudo pela sua capacidade em circular fora de estrada, uma vez que a Jaguar recorreu à experiência da sua “irmã” Land Rover para dotar este crossover com uma capacidade de ir a sítios que poucos proprietários julgariam possível. Esta foi a conclusão a que chegámos durante a apresentação internacional do modelo que decorreu no Algarve, em 2018, e que pode ver em baixo.

Mas, de momento, o único Jaguar eléctrico enfrenta alguns problemas nos EUA, mercado em que a autoridade norte-americana National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) controla todas as questões que possam colocar em risco os utilizadores. Sucede que a NHTSA, que obriga a que todos os construtores reportem os problemas relacionados com a segurança que os seus modelos enfrentam, para os divulgar num site de acesso público, sob pena de penalizações desencorajadoras, tomou conhecimento de oito incêndios provocados pelo I-Pace, ainda que não estejam associados a acidentes ou a ferimentos.

A Jaguar compromete-se a actualizar o software que monitoriza o módulo de controlo da energia, para verificar se este necessita de ser substituído, obviamente sem custos para o cliente. O problema pode afectar desde as primeiras unidades do I-Pace até às mais recentes, envolvendo só nos EUA um total de 6367 unidades fabricadas entre 2019 e 2023.

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A solução do problema passa pela instalação de um novo software, o que pode fazer-se remotamente (over-the-air, OTA), no caso dos modelos mais recentes – as primeiras unidades do I-Pace não possuíam OTA. Mas a marca alega que, mesmo para os I-Pace mais novos (com OTA), a resolução passa sempre pelos concessionários da marca, porque é preciso verificar se a temperatura da bateria está dentro dos padrões normais.

Os casos reportados dizem apenas respeito ao mercado norte-americano, devidamente defendido pela NHTSA, mas como todas as unidades do I-Pace são fabricadas na Áustria, pela Magna Steyr, os modelos europeus deverão enfermar dos mesmos problemas e na mesma proporção.

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