O Presidente senegalês, Macky Sall, inicia esta terça-feira uma visita de dois dias a Portugal, tendo previstos encontros com o seu homólogo, Marcelo Rebelo de Sousa, e com António Costa, sendo também recebido com uma sessão solene no parlamento.

O chefe de Estado senegalês, que realiza a visita de Estado a convite do Presidente português, será recebido esta terça-feira de manhã com honras militares, na Praça do Império, onde passará revista à guarda de honra, antes de depor uma coroa de flores no túmulo de Luís de Camões, no Mosteiro dos Jerónimos.

Segundo a agenda da visita, divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, segue-se um encontro com Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio de Belém, com declarações à comunicação social.

Depois, Macky Sall encontra-se com António Costa, no Palácio de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, onde ambos assinarão instrumentos jurídicos, seguindo-se um almoço oferecido pelo chefe do executivo. À noite, Marcelo Rebelo de Sousa oferece um jantar oficial a Macky Sall, no Palácio Nacional da Ajuda.

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Na quarta-feira, a agenda do chefe de Estado senegalês inclui uma deslocação aos Paços do Concelho, onde receberá as chaves da cidade das mãos do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

Macky Sall segue depois para a Assembleia da República, onde terá um encontro com o presidente do parlamento, Augusto Santos Silva, antes de se realizar uma sessão solene em sua honra.

O Senegal tem registado uma forte agitação social, com manifestações após a condenação a dois anos de prisão do opositor e candidato declarado às presidenciais do próximo ano Ousmane Sonko, reprimidas pela polícia. Segundo as autoridades, 16 pessoas morreram nos protestos, no início do mês, mas a organização Amnistia Internacional aponta para 23 vítimas mortais.

O Presidente Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, mantém o silêncio sobre as suas intenções relativamente à eleição presidencial agendada para fevereiro de 2024, para a qual já se declararam cerca de 20 candidatos.

Os opositores consideram que Sall está impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato.