A Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou que um avião canadiano detetou sons subaquáticos durante as operações de busca do submersível que desapareceu quando transportava cinco pessoas até junto aos destroços do Titanic.

Na sequência dos sons detetados por um avião militar canadiano P-3, os esforços de busca foram reorientados. Os socorristas têm corrido contra o relógio porque, mesmo nas melhores circunstâncias, o navio Titan pode ficar sem oxigénio na quinta-feira de manhã.

Para além de um conjunto internacional de navios e aviões, um robô subaquático começou a fazer buscas nas imediações do Titanic e há um esforço para enviar equipamento de salvamento para o local, no caso de o submarino ser encontrado.

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Três aviões de transporte C-17 das forças armadas norte-americanas foram utilizados para transportar submersíveis comerciais e equipamento de apoio. As forças armadas canadianas disponibilizaram um avião de patrulha e dois navios, tendo ainda lançado boias de sonar para detetar quaisquer sons do Titan.

O submersível tinha uma reserva de oxigénio de quatro dias quando se fez ao mar, na manhã de domingo, segundo David Concannon, conselheiro da OceanGate Expeditions, que supervisionou a missão.

Titan. O caos emocional a 3800 metros de profundidade e as dificuldades de resgatar tripulantes com vida

O jornalista da cadeia televisiva norte-americana CBS News David Pogue, que viajou até ao Titanic a bordo do Titan no ano passado, disse que o veículo usa dois sistemas de comunicação: mensagens de texto trocadas com um navio de superfície; e pings de segurança que são emitidos a cada 15 minutos para indicar que o submersível ainda está a funcionar.

Ambos os sistemas pararam cerca de uma hora e 45 minutos depois de o Titan ter submergido, no domingo, indicou a empresa OceanGate Expeditions, proprietária da embarcação e organizadora das viagens aos destroços do Titanic. “Isto significa uma de duas coisas: ou eles perderam toda a energia ou o submersível abriu uma brecha no casco e implodiu instantaneamente. Ambas são devastadoras”, disse Pogue.

Na terça-feira, a França anunciou que o instituto Ifremer de ciências oceânicas enviou um navio, o Atalante, equipado com um robô subaquático, o Victor 6.000, para procurar o submersível.

O Victor 6.000 deve chegar ao seu destino esta quarta-feira e mergulhar até uma profundidade de cerca de 4.000 metros para realizar operações de busca.

Os restos do Titanic — que afundou após colidir com um iceberg, em 1912 — estão a uma profundidade de cerca de 3.800 metros e a uma distância de aproximadamente 640 quilómetros a sul da ilha canadiana de Newfoundland.

A comunicação perdeu-se quando a embarcação estava a cerca de 700 quilómetros a sul de São João da Terra Nova, segundo o Centro de Coordenação de Salvamento Conjunto do Canadá, citado pela agência de notícias norte-americana Associated Press.

Ainda é possível salvar os ocupantes do Titan?