A Comunidade Intermunicipal (CIM) das Beiras e Serra da Estrela defendeu Santarém como “escolha ideal” para implantar o novo aeroporto internacional. Em comunicado, a entidade presidida por Luís Manuel Tadeu Marques esclareceu que esta posição conta com o apoio de todos os presidentes dos municípios que fazem parte da CIM.

Numa recente reunião do Conselho Intermunicipal da CIM das Beiras e Serra da Estrela “foi tomada uma posição unânime por parte dos senhores presidentes”, que expressaram “total apoio à construção do aeroporto internacional em Santarém, justificada por um conjunto de vantagens”.

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Essas vantagens são “a sua localização geográfica, as acessibilidades, ou seja, a sua proximidade de importantes vias rodoviárias e ferroviárias, garantindo uma maior mobilidade, melhoria do tempo médio de acesso dos passageiros ao aeroporto, a proximidade da Região Transfronteiriça [entre Portugal e Espanha], bem como um potencial turístico e [de] desenvolvimento económico”.

Na referida reunião, realizada a 9 de maio, “estiveram presentes os representantes do projeto ‘Magellan 500’, que apresentaram e explicaram aos 15 presidentes dos municípios (…) o modelo de conceção e implementação do aeroporto internacional em Santarém”.

“Esta posição do conselho intermunicipal da CIM das Beiras e Serra da Estrela está em articulação e sintonia com a declaração conjunta das CIM da Região de Leiria, da Região do Médio Tejo, da Região da Beira Baixa e da Região de Coimbra, manifestada e publicada (…) nos meios de comunicação social, reconhecendo a importância estratégica de contar com um aeroporto internacional que sirva como porta de entrada para o nosso país e que promova o desenvolvimento económico, turístico e social de todos os municípios envolvidos”, sublinhou a comunidade liderada por Luís Manuel Tadeu Marques, também presidente da Câmara de Gouveia.

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Da CIM das Beiras e Serra da Estrela, fazem parte os municípios de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso.

Na terça-feira, as comunidades intermunicipais (CIM) das regiões de Leiria e de Coimbra, e também do Médio Tejo e da Beira Baixa defenderam, numa declaração conjunta, a localização do futuro aeroporto internacional de Lisboa em Santarém, que classificaram como a “escolha ideal”.

Na quarta-feira, o ministro das Infraestruturas defendeu que a distância entre Santarém e Lisboa não é impeditiva da construção do aeroporto na capital ribatejana, mas reafirmou que é longe e considerou que estas declarações não condicionam a comissão técnica.

João Galamba falava na audição regimental na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no parlamento, onde esteve a ser ouvido sobre a política geral do ministério e outros assuntos de atualidade.

“O que eu disse é um facto. 80 km ou 70 km é longe de Lisboa e isso em nada condiciona o trabalho da Comissão Técnica Independente, que, como sabe, não se pronuncia sobre distâncias, faz outro tipo de análise”, afirmou.

Em causa estão as declarações do governante durante a CNN Summit, na qual defendeu que um aeroporto em Santarém é “longe”.

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“Não vejo em que é que as minhas declarações condicionam, prejudicam o trabalho da Comissão Técnica Independente, que tem, obviamente, um conjunto de equipas a trabalhar, que continuarão a trabalhar e que emitirão as suas opiniões e que tornarão público o seu relatório e ele será a base da decisão política”, justificou, quando questionado sobre o tema pelo deputado social-democrata Paulo Rio de Oliveira.