John Goodenough, um prestigiado cientista na área da química, morreu este domingo, aos 100 anos. Em 2019, recebeu o prémio Nobel da Química, destacando-se o contributo que deu para o desenvolvimento da bateria de iões de lítio. Recebeu o prémio aos 97 anos, tornando-se na pessoa mais velha a receber um prémio Nobel.

Na altura, anunciou que iria partilhar os 900 mil dólares do prémio da Academia Real Sueca com mais dois cientistas: M. Stanley Whittingham, professor da Universidade de Binghamton University e Akira Yoshino, professor da Universidade de Meijo em Nagoya, no Japão.

É graças ao trabalho do cientista norte-americano que as baterias se tornaram mais leves, estando presentes num enorme leque de produtos, portáteis, smartphones e tablets, até aos carros elétricos.

Foi a Universidade do Texas, onde Goodenough deu aulas e investigou até há alguns anos, a dar a notícia da morte do investigador. “O legado do John enquanto cientista brilhante é imensurável”, disse em comunicado Jay Hartzell, presidente da Universidade do Texas.

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As descobertas do cientista norte-americano “melhoraram a vida de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo”, continua o presidente da instituição de ensino. “Foi um líder numa área de ponta da investigação científica ao longo de muitas décadas da sua carreira e nunca deixou de procurar soluções inovadoras para armazenamento de energia”, cita a BBC.

Goodenough é ainda descrito pela universidade como “dedicado, um mentor requisitado e um inventor brilhante mas ainda assim humilde”.

O cientista nasceu em 1922, na Alemanha, fruto da relação entre um casal de norte-americanos. Cresceu nos Estados Unidos e, mais tarde, ingressou no Exército dos EUA, onde trabalhou como meteorologista durante a Segunda Guerra Mundial. A caminhada no mundo académico continuou e completou um bacharelato em matemática na Universidade de Yale e mais tarde um doutoramento em física na Universidade de Chicago.

O norte-americano trabalhou ainda durante 24 anos no MIT, onde ajudou a desenvolver a memória RAM para os computadores.