O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, considerou esta quinta-feira que há uma sensação psicológica de insegurança na região “manifestamente exagerada”, argumentando que o arquipélago tem baixos índices de criminalidade.

“Queria deixar aqui de forma clara que, apesar de muitas vezes haver alguma sensação de insegurança, a Região Autónoma da Madeira é das zonas mais seguras do mundo”, salientou Miguel Albuquerque, numa cerimónia de entrega de material ao Comando Regional da PSP.

O presidente do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, referiu que, no que diz respeito aos índices de criminalidade por população residente, a Madeira tinha, em 2021, 22,1%, abaixo da média nacional (29,1%), enquanto nos Açores era de 42,9%. Miguel Albuquerque apontou que, por vezes, existe uma sensação “psicológica de insegurança”, que considerou ser “manifestamente exagerada”.

“Nós temos esta questão [do consumo] das drogas sintéticas, que se está a alastrar pelo país e cujo combate é importante, mas obviamente muitas destas pessoas que estão viciadas nestas drogas não são uma ameaça concreta para a sociedade”, afirmou.

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“Podem gerar essa sensação de ameaça, mas não são. São pessoas que têm de ser acompanhadas”, sublinhou, acrescentando que não devem ser vistas como delinquentes.

O presidente do Governo Regional referiu também que a Madeira aguarda que o Ministério da Administração Interna envie os contratos interadministrativos para que as obras das novas esquadras da PSP de Machico, Calheta e Porto Santo sejam concretizadas.

O Governo da Madeira entregou à PSP um conjunto de equipamento informático, de impressão e audiovisual, bem como mobiliário, no valor de 63 mil euros, no âmbito de um protocolo celebrado com a polícia em 2006. O acordo prevê que 30% das receitas cobradas na região, provenientes das coimas por contraordenações ao Código de Estrada, sejam utilizadas para financiar despesas de investimento a realizar no território regional.