Os aumentos salariais acordados entre a banca e os sindicatos afetos à UGT serão pagos em julho e agosto, sendo que as estruturas sindicais ainda não chegaram a acordo com algumas instituições de crédito, segundo um comunicado divulgado esta terça-feira.
De acordo com o Mais Sindicato do Setor Financeiro, o SBC — Sindicato dos Bancários do Centro e o SBN — Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal, que chegaram a um acordo, no dia 6 de julho, para um aumento de 4,5% em todas as tabelas e cláusulas de expressão pecuniária para os trabalhadores no ativo e reformados, as atualizações “serão processadas já este mês ou em agosto“.
Os sindicatos recordaram que “são vários os processos negociais em curso no âmbito dos quais ainda não houve acordo, apesar de estas IC [instituições de crédito] terem já, por ato de gestão, antecipado aumentos”.
Nesta situação estão o BCP (antecipação de 3% em março), o Montepio Geral (antecipação de 3% em maio), o Eurobic (antecipação de 4% em março) e CCCAM (grupo Caixa Agrícola com antecipação de 4% em fevereiro), lê-se no comunicado.
Os sindicatos alertaram ainda que “restam algumas instituições cujo processo negocial está em curso e que não anteciparam qualquer valor aos seus trabalhadores“.
Neste grupo inclui-se a Parvalorem que “continua a aguardar autorização da tutela para aplicar o aumento decretado pelo Governo para o Setor Empresarial do Estado”, o Paribas, “que está em fase de discussão” e o Banco de Portugal, a CEMAH, de Angra do Heroísmo, a 321 Crédito e a Oitante, todas “com processo negocial em curso”.
No dia 6 de julho, os sindicatos e banca acordaram um aumento de 4,5% em todas as tabelas e cláusulas de expressão pecuniária para os trabalhadores no ativo e reformados, depois de as estruturas terem recusado uma subida de 2,5%.
“A banca chegou a um acordo com o Mais [Sindicato do Setor Financeiro], o SBC [Sindicato dos Bancários do Centro] e o SBN [Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal], que se traduz num aumento de 4,5% de atualização em todas as tabelas e cláusulas de expressão pecuniária”, lê-se num comunicado conjunto.
Este acordo salarial aplica-se tanto aos trabalhadores no ativo, como aos reformados.
Os sindicatos tinham recusado uma proposta inicial, que previa um aumento de 2,5% nos salários.
Na altura, as estruturas sindicais justificaram a sua recusa com os lucros da banca, o valor da taxa de inflação e o aumento das taxas de juro.