A Renault está a carregar no pedal do acelerador para, rapidamente, reforçar a sua oferta de veículos eléctricos. Ainda antes de ser desvendado o futuro Renault 5 a bateria, a marca do losango vai deixar cair o pano que cobre a nova geração do Scénic. Será a 4 de Setembro, por ocasião do IAA 2023, o antigo salão de Frankfurt que se mudou para Munique, que o novo modelo E-Tech vai ser desvendado aos olhos do público.
Depois do Twingo, do Zoe e do Megane, será a vez do Scénic E-Tech irromper em cena, reforçando a ofensiva da Renault no segmento C. Antecipado pelo concept Scénic Vision, o novo modelo deixa-se ver já nas suas formas definitivas na estrada, mas ainda protegido pela camuflagem. Contudo, tal não nos impede de descortinar algumas características já indisfarçáveis, como é o caso da nova assinatura luminosa, em linha com os modelos mais recentes da marca, designadamente o topo de gama Rafale e, também, o renovado Clio. Atrás, além das aberturas nas extremidades do pára-choques, salta igualmente à vista a coerência estilística no desenho das ópticas, em sintonia com o Rafale.
Mas o “parente” mais próximo do novo Scénic é o Megane E-Tech Electric, com o qual partilha a plataforma CMF- EV e a linha de produção, pois ambos sairão da fábrica francesa de Douai. Resta saber se a comunhão se vai estender igualmente às mecânicas que, no Mégane, são sempre alimentadas por um acumulador com 60 kWh de capacidade útil, seja a versão de 130 cv (96 kW/250 Nm), ou a mais potente de 220 cv (160 kW/300 Nm) que certifica, em ciclo combinado, cerca de 450 km entre paragens para recarregar, de acordo com o protocolo europeu WLTP.
Para se distanciar do Megane, o novo Scénic deverá ser maior, mais largo e mais alto, esperando-se por isso uma habitabilidade superior e uma bagageira mais espaçosa para acolher a “tralha” da família. Esta vocação mais familiar deixa-se ver já em “detalhes” que fazem a diferença, no que toca ao carácter prático, como é o caso dos puxadores das portas. Nos protótipos camuflados, estes elementos surgem na sua posição convencional, ao contrário do que acontece no Megane. Com isto, o acesso aos lugares de trás fica à partida facilitado para os mais “baixinhos”.
Resta aguardar por dia 4 de Setembro para conhecer por completo o novo Scénic, que nesta sua nova “vida” vai procurar impor-se fazendo o casamento possível entre a versatilidade de um monovolume e a imagem mais aventureira associada aos crossovers.