Não foi necessário esperar mais de uma semana para que a Volkswagen, que já tinha iniciado a operação da sua frota de veículos autónomos para clientes em Austin, no Texas – apesar de ainda ser gratuita por estar em fase de testes –, alargar o serviço à Alemanha, mais especificamente a Munique. Continua a ser um teste, cuja evolução é controlada pelas autoridades, com o objectivo de colocar à prova a tecnologia para o transporte de pessoas, ainda que, por enquanto, exista um condutor a bordo, pronto a intervir em caso de necessidade ou risco de acidente.

O Volkswagen ID. Buzz, o sucessor moderno e eléctrico do mítico Pão de Forma, foi o modelo escolhido para usufruir do Nível 4 de condução autónoma, colocando-a ao serviço dos cidadãos que necessitem de transporte, de um lado para o outro, através de cidades movimentadas. O serviço é ainda gratuito, por se tratar de uma tecnologia experimental que necessita de ser validada após um período de demonstração pública, ao ser testada em condições reais de utilização, ou seja, em vias partilhadas com outros veículos, peões, ciclistas e portas que se abrem sem aviso, ou crianças que atravessam a correr a rua, por entre os carros que passam.

A Volkswagen, que está a testar o sistema para todo o grupo, está a desenvolver o Nível 4 de autonomia em colaboração com a Mobileye Global, empresa israelita que é considerada uma das mais avançadas no desenvolvimento de sistemas em que a máquina substitui o ser humano na condução de um veículo. De recordar que o Nível 4 pressupõe que o sistema possa fazer tudo sozinho, sem intervenção do condutor, ainda que os veículos continuem a possuir volante e pedais, caso o condutor queira assumir os comandos (ao contrário do Nível 5, em que volante e pedais desaparecem).

As unidades de ID. Buzz que integram a frota autónoma são todas da versão curta do furgão de passageiros e estão sempre equipadas com o sistema autónomo da Mobileye, que alia câmaras de vídeo a radares e LiDAR, com todas as informações a serem “lidas” e interpretadas pelo software dos israelitas.

A marca alemã prevê que estes veículos autónomos podem ser produzidos com custos competitivos, uma vez iniciada a produção em grande série. E este é o objectivo do construtor alemão, assim que a exploração comercial da tecnologia for autorizada, altura em que a actual frota experimental, exclusiva para algumas cidades, poderá evoluir para uma fórmula comercial mais abrangente, como solução para a mobilidade urbana, controlada a partir de uma aplicação.

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