A Makkina começou a desenhar veículos para construtores de nomeada em 1998 e, para comemorar os seus 25 anos de vida, concebeu o Triumph TR25, um roadster de linhas modernas, quase futuristas, que pretende celebrar o saudoso Triumph TR2, roadster de dois lugares que foi fabricado entre 1953 e 1955. Mas como os direitos da Triumph estão na posse da BMW, o fabricante alemão teve de dar autorização e muito mais.
O TR2 foi um dos modelos mais emblemáticos da Triumph, com apenas 3,8 metros de comprimento e um peso de somente 950 kg. A movê-lo está um motor 2.0 com quatro cilindros, capaz de fornecer 90 cv, potência comedida mas suficiente para atingir 173 km/h.
A autorização da BMW para celebrar o TR2 veio juntamente com a cedência da plataforma e mecânica do i3 S, o primeiro eléctrico da marca alemã. Daí que o TR25 possua, sob a roupagem de roadster irreverente, “a plataforma de um veículo eléctrico como o i3 S, com um motor de 184 cv instalado no eixo posterior e alimentado por uma bateria com 42,2 kWh de capacidade”, segundo avançou o director da Makkina, Michael Ani.
Com o centro de gravidade muito baixo, como é típico nos veículos eléctricos alimentados por acumulador, o TR25 bebeu inspiração especificamente no TR2 que, em 1953, estabeleceu um recorde de velocidade para veículos com até dois litros de capacidade na pista de Jabbeke, na Bélgica, onde atingiu 200,989 km/h. Esta unidade da Triumph possuía algumas particularidades que a diferenciavam do modelo de série, de que foram construídas 8636 unidades. A começar nas rodas traseiras carenadas e a acabar na cobertura parcial do habitáculo, que deixa apenas visível o posto de condução, são várias as preocupações aerodinâmicas do TR2 (de Triumph Roadster) que estabeleceu o recorde que passaram para o novo TR25.
Com o motor eléctrico instalado no eixo traseiro e o pack de baterias entre eixos, o TR25 usufrui de um centro de gravidade muito baixo e posicionado ao centro do carro. Em condições normais, o roadster da Makkina tem apenas lugar para o condutor, mas é sempre possível retirar parte de cobertura e “abrir” o assento para o passageiro, que assim se pode instalar a bordo. Nas especificações actuais, o TR25 pesa bastante menos do que os 1365 kg do BMW i3 S, uma vez que a carroçaria da Makkina, integralmente construída em fibra de carbono, pesa apenas 205 kg, substancialmente menos do que o eléctrico alemão de que herda a plataforma e mecânica.
Os 100 km/h ficam para trás ao fim de apenas 5,2 segundos (batendo o i3 S em 1,7 segundos), enquanto a velocidade máxima está limitada a 185 km/h. Só lamentamos o facto de a Makkina pretender construir somente uma unidade do TR25, pois não é difícil prever que, caso um construtor decidisse pegar neste conceito e optasse por o produzir em série, o elegante e futurista roadster se transformaria num sucesso, uma espécie de Mazda MX-5 dos tempos modernos e eléctrico.