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Chama-se Catedral da Transfiguração, é a maior catedral ortodoxa de Odessa, na Ucrânia, e ficou completamente destruída durante a madrugada deste domingo. O edifício que fazia parte da lista do património da UNESCO foi atingido por um bombardeamento e Kiev fala agora em mais um crime de guerra. “Não pode haver desculpa para a maldade russa”, disse Zelensky, este domingo, a propósito do ataque.

Mas esta catedral ortodoxa, além de ser a maior da região de Odessa e de ser património da UNESCO, tem já um histórico no que toca a destruição. A primeira pedra foi colocada em 1794 e a sua construção ainda demorou muitos anos — até ao século seguinte — até ser concluída. Mas em 1936, em pleno domínio soviético, foi destruída, uma vez que foi considerado que não existia qualquer relevância patrimonial. O edifício foi então reconstruido já no final do século passado, quando a Ucrânia conseguiu a sua independência.

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Em relação ao ataque da madrugada deste domingo, os números de vítimas têm vindo a aumentar e, a meio da tarde deste domingo, o governo ucraniano dava conta de dois mortos e 22 feridos.

Depois das acusações feitas pela Ucrânia, que adiantou que foram lançados quase 20 mísseis para aquela zona, a Rússia defendeu-se, dizendo que os disparos foram feitos em forma de defesa, contra edifícios onde estariam a ser preparados ataques ao território russo. E negou que a catedral ortodoxa fosse um dos seus alvos. Num comunicado, citado pela Sky News, Moscovo referiu que esta teroria “não corresponde à realidade”, que “estavam a ser preparados atos terroristas contra a Federação Russa”, mas estes locais estavam “localizados a uma distância segura da Catedral”.

“O planeamento de ataques com armas de precisão contra infraestruturas militares e terroristas do regime de Kiev são feitas com base em informação cuidadosamente verificada e confirmada através de vários canais, sendo sabido que estão excluídos edifícios civis, bem como culturais e de herança histórica”, acrescenta o comunicado.