O líder da maioria Republicana da Câmara de Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, disse que o seu partido admite um processo de impeachment contra o Presidente Joe Biden, por má conduta financeira.
Numa entrevista à cadeia televisiva Fox News, na noite de segunda-feira, McCarthy defendeu que as finanças da família Biden merecem ser investigadas, como está a ser pedido por numerosos membros da bancada Republicana no Congresso.
O líder da maioria Republicana admite mesmo que essa investigação possa ser realizada no âmbito de um processo de destituição, alegando que esse método “fornece ao Congresso um poder mais forte para conseguir as informações necessárias”.
Um inquérito de impeachment pela Câmara seria um primeiro passo para levantar novas questão políticas de destituição, disse McCarthy.
Os Republicanos no Congresso intensificaram as investigações sobre a família Biden, procurando dados sobre as suas finanças, nomedamente por causa das ligações do filho Hunter Biden a uma empresa de energia ucraniana, Burisma, que já tinha sido alvo de inquérito no primeiro processo de impeachment do ex-Presidente Donald Trump.
Recentemente, Hunter Biden chegou a um acordo com os procuradores para se declarar culpado de acusações de contravenção por não ter pago imposto sobre rendimento por vários anos e deve comparecer numa sessão de julgamento ainda esta semana.
Mas os Republicanos dizem querer mais informações sobre alegadas suspeitas de que Joe e Hunter Biden teriam recebido luvas da Burisma no valor de vários milhões de euros, em troca de ajuda para afastar um procurador ucraniano que estava a investigar a empresa.
O Departamento de Justiça norte-americano chegou a abrir um processo sobre estas suspeitas, sob a liderança do procurador-geral de Trump, William Barr, mas acabou por arquivar o caso, por falta de provas.
Os Democratas no Congresso já disseram que se vão opor a este plano dos Republicanos, alegando que a investigação seria realizada em cima de puras especulações e lembrando que o caso já foi investigado por autoridades judiciais que nada conseguiram provar.