Os resultados oficiais só serão divulgados na manhã deste sábado mas PP e PSOE já dão como certo que Alberto Nuñez Feijoó conquistou mais um mandato por Madrid no Congresso Espanhol, após a contagem dos votos dos eleitores locais residentes no estrangeiro. Segundo o El País, os socialistas já deram como perdido o deputado, não contestando os resultados primeiramente divulgados pelos populares.

Esta vitória do PP, com a eleição de Carlos García Adanero, não traz grandes mudanças aos resultados conhecidos ainda na noite de domingo, mas altera de forma importante o quadro de conversações políticas necessárias para que um dos dois partidos consiga formar governo. Depois desta contagem, o PP fica com 137 deputados e o PSOE com 122.

Assim, a partir deste momento, Pedro Sánchez fica ainda mais dependente dos independentistas catalães liderados por Carles Puigdemont. Tendo como base a possibilidade do ainda primeiro-ministro conseguir ter a seu lado todos os deputados nacionalistas e separatistas, PSOE e PP (que só tem o apoio do VOX) contam com 171 mandatos cada um. Portanto, Sánchez passa a precisar de um voto efetivo de um deputado do Junts, em vez de uma abstenção.

“O Junts terá de decidir se une forças ao PP e ao VOX e abre a porta a um governo da direita com a extrema-direita, ou se une ao resto das forças políticas para o evitar”, disse uma fonte do PSOE citada pelo El País, defendendo que o cenário não sofre alterações por causa do resultado desta sexta-feira.

Segundo o mesmo jornal, Sánchez pode ter outra fórmula para se manter na Moncloa. Conseguir a abstenção do Junts e o “sim” da Coligação Canária. Mas esta governa com o PP nas Canárias, o que parece tornar impossível esse cenário.

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