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Esta segunda-feira assinalam-se 530 dias desde o início da invasão. No início de mais uma semana, o dia está a ser marcado pelo rescaldo da cimeira de paz na Arábia Saudita. Como seria de esperar, não se registaram decisões significativos rumo ao cessar-fogo, mas os alguns dos envolvidos referiram que as conversações em Jeddah foram produtivas. De acordo com o governo ucraniano, a integração do país na NATO e na União Europeia, as sanções à Rússia e a prorrogação do acordo sobre os cereais estiveram em destaque nas reuniões.

Enquanto a paz não chega, no terreno prosseguem os combates. Em Kharkiv morreram duas pessoas e três outras ficaram feridas num ataque a uma aldeia perto da fronteira com a Rússia; Moscovo também atacou por dezenas de vezes a região de Zaporíia durante a noite; já em Kherson, o governador da cidade acusou as forças de Moscovo de “passarem a noite incendiar as casas dos residentes na área central da cidade”. Já ao final da tarde, Zelensky denunciou ataque russo contra centro residencial  em Pokrovsk, na província de Donetsk, que fez cinco mortos e 31 feridos.

No seu discurso diário, Volodymyr Zelensky avançou que mais 22 homem ucranianos “regressaram a casa”, apesar de alguns estarem feridos. Entre eles estão 20 soldados e sargentos e dois oficiais. O Presidente ucraniano relembrou também a invasão da Rússia à Geórgia, que ocorreu há 15 anos.

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Congelamento da guerra na Ucrânia significará a vitória da Rússia, diz conselheiro de Zelensky

Eis um resumo dos outros acontecimentos que marcam o 530.º dia da invasão:

  • Rússia e Ucrânia levaram a cabo mais uma troca de prisioneiros, que resultou no regresso a casa de 22 soldados ucranianos;
  • O sistema de defesa aéreo da Rússia destruiu um drone durante a madrugada, em Ferzikovskyi, na região de Kaluga;
  • A Ucrânia está a ter “resultados significativos” com os sistemas de defesa aéreos que foram doados pelos EUA e pela Alemanha, garantiu Volodymyr Zelensky;
  • Os serviços secretos ucranianos anunciaram a detenção de uma alegada colaboradora russa que terá ajudado a planear uma tentativa de assassinato contra Volodymyr Zelensky;
  • De acordo com o Ministério da Defesa Britânico, a força aérea de Moscovo continua a usar “recursos consideráveis”, mas sem conseguir produzir um “impacto decisivo” no terreno;
  • O número de russos a escolherem a Crimeia como destino de férias caiu a pique nas últimas semanas, consequência do aumento no número de ataques ucranianos na região anexada desde 2014;
  • As maiores empresas europeias tiveram perdas diretas de pelo menos 100 mil milhões de euros devido às consequências da guerra na Rússia.
  • O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, esteve reunido com o chefe da Rostec (uma empresa estatal que gere o complexo militar-industria russo) Sergey Chemezov. O Chefe de Estado deixou um apelo: é necessário aumentar o fabrico de armas modernas.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, falou ao telefone com o novo homólogo chinês, Wang Li. Os dois ministros discutiram “vários tópicos” da agenda internacional, incluindo a guerra na Ucrânia.
  • A Eslováquia vai permitir que nove dos seus cidadãos se juntem ao exército ucraniano, o que significa que a Presidente do país, Zuzana Caputova, renunciou nestes casos de uma proibição que diz que os eslovacos só podem lutar pelas forças armadas de outro país com a permissão do chefe de Estado.
  • A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, conhecida por fazer várias acusações contra a Ucrânia, acusou Kiev de traficar orgãos humanos de soldados — vivos e mortos — no campo de batalha, vendendo-os no mercado negro a clientes dos países da NATO e da União Europeia.
  • O Presidente russo, Vladimir Putin, poderá visitar a Turquia, um Estado-membro da NATO, já no final do mês.
  • Valerii Zaluzhnyi, comandante-chefe das forças armadas ucranianos, garantiu que as tropas de Kiev “estão a criar condições” para avançar no terreno. “Continuem os combates intensos”, indicou na sua conta pessoal do Telegram, garantindo que a “iniciativa está do lado” da Ucrânia
  • Volodymyr Zelensky, lembrou a invasão da Rússia à Geórgia, que ocorreu há 15 anos. “Expressamos a solidariedade com o povo georgiano e o nosso apoio à soberania e integridade territorial.”
  • O Presidente da Ucrânia denunciou um ataque russo em Pokrovsk, na província de Donetsk. Disse que dois mísseis que atingiram um centro residencial numa localidade que pertence ainda ao Donbass, onde, acusou o Chefe de Estado, a Rússia está a tentar “deitar tudo abaixo”. O ataque fez pelo menos cinco vítimas mortais e 31 feridos.
  • O conselheiro do Presidente da Ucrânia alertou para os potenciais riscos que o cessar-fogo e o congelamento da guerra podem trazer.
  • A Bielorrússia iniciou exercícios militares perto da fronteira com a Polónia e Lituânia, manobras que aumentam as tensões já elevadas com os países da NATO, desde que mercenários do grupo Wagner estão no país aliado da Rússia.
  • Duas pessoas morreram e sete ficaram feridas num ataque russo à aldeia de Kruhliakivka, na região de Kharkiv.
  • No seu discurso diário, Volodymyr Zelensky avançou que mais 22 homem ucranianos “regressaram a casa”, apesar de alguns estarem feridos. Entre eles estão 20 soldados e sargentos e dois oficiais.

“Guerra vai continuar a ser o instrumento da paz”