Um norte-americano foi detido na Rússia, num caso relacionado com espionagem sobre o qual são conhecidos poucos detalhes, divulgaram as agências de notícias russas.
Segundo a agência Interfax, Gene Spector, norte-americano de origem russa, é acusado de espionagem, confessou-se culpado e fez um acordo para colaborar com os investigadores. O cidadão dos EUA pode ser condenado até 20 anos de prisão.
Por sua vez, a agência Ria Novosti especificou que o caso foi classificado pelas autoridades russas e que os seus detalhes não são conhecidos.
Em setembro de 2022, Gene Spector já tinha sido condenado a três anos e meio de prisão por corrupção, num caso que envolveu um ex-assistente do ex-vice-primeiro-ministro russo Arkadi Dvorkovitch, que também foi condenado pelos tribunais.
Uma primeira condenação neste processo de corrupção, em 2021, tinha sido anulada em recurso e enviada de volta ao tribunal para um novo julgamento em julho de 2022.
Segundo a agência TASS, Gene Spector nasceu e cresceu na Rússia antes de se estabelecer nos Estados Unidos, onde obteve a nacionalidade.
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Ocupou o cargo de presidente do conselho de administração do grupo russo de empresas Medpolimerprom.
Nos últimos anos, vários cidadãos norte-americanos foram detidos e condenados a penas pesadas na Rússia, com Washington a acusar Moscovo de querer trocá-los por russos detidos nos Estados Unidos.
Em dezembro de 2022, a jogadora de basquetebol norte-americana Brittney Griner, condenada na Rússia por tráfico de droga, foi libertada por troca com Viktor Bout, um prisioneiro por tráfico de armas russo nos Estados Unidos.
O jornalista norte-americano Evan Gershkovich, do Wall Street Journal, foi detido em março enquanto fazia uma reportagem em Yekaterinburg, nos Urais, sendo arguido por espionagem, acusação que nega.