Ganhou uma segunda vida no AC Milan, tem mesmo uma “segunda vida” estando no AC Milan. Rafael Leão, que é também o rapper Way 45 e que lançou recentemente o seu álbum de estreia com o título “My Life in Each Verse”, teve em 2023 um ano de estabilização em termos profissionais e também pessoais com a renovação de contrato pelos rossoneri após ter sido considerado o MVP da Serie A conquistada pela equipa em 2021/22 e com o pagamento por parte do Lille ao Sporting de quase 20 milhões de euros que “encerrou” (pelo menos para já) um outro problemas que o atormentava desde que perdeu o caso da rescisão unilateral em 2018. Agora, com a camisola 10 que deixou de pertencer a Brahim Díaz, fazia uma aposta forte.

Fora do campo, o futebolista Rafael Leão é o rapper Way 45: “‘Tu até tens jeito’, dizem-me”

“Fiquei porque o AC Milan ajudou-me a evoluir, ganhámos o Campeonato juntos e foi o clube que me permitiu crescer enquanto jogador. Agora, sinto que estou mais maduro e que sou o líder da equipa. Estou no clube certo para prosseguir a carreira e quero ganhar a Bola de Ouro e a Liga dos Campeões. Penso que o treinador terá mais opções, especialmente no meio-campo e no ataque. Na época passada não havia muitas alternativas e nas meias-finais da Champions, com o Inter, isso ficou à vista. Os reforços elevaram a qualidade do nosso plantel e estou muito satisfeito com isso”, destacou numa entrevista à ESPN Deportes há três semanas, quando a equipa de Milão estava ainda na pré-temporada a preparar o início da Serie A.

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“Ganhar uma segunda estrela? É um objetivo mas a época ainda nem começou. O clube está a fazer um grande trabalho e está a trazer grandes jogadores. Somos uma equipa mais compacta e mais forte em todos os setores. Quem chegou elevou o nível. Temos agora de andar para a frente com confiança e fazer uma grande época, pensando num jogo de cada vez”, reforçou há duas semanas à Mediaset, após mais um encontro particular com um Monza que ainda chora a morte do antigo líder, Sílvio Berlusconi, numa alusão aos 19 scudettos que o AC Milan tem nesta fase, a um de ficar com mais uma estrela por cima do símbolo.

Olhando num plano meramente teórico, o número de opções aumentou de forma exponencial, sendo que a saída de Sandro Tonali para o Newcastle por 70 milhões de euros possibilitou uma outra capacidade para atacar o mercado com a chegada de jogadores como Pulisic, Loftus-Cheek (Chelsea), Samuel Chukwueze (Villarreal), Luka Romero (Lazio), Yunus Musah (Valencia), Noah Okafor (Salzburgo) ou Tijani Reijnders (AZ). E a primeira amostra correu da melhor forma na prática, com o AC Milan a vencer fora o Bolonha depois dos triunfos de Nápoles (3-1, Frosinone), Inter (2-0, Monza) e Juventus (3-0, Udinese).

Apesar desse sucesso, o conjunto de Milão não se livrou de um susto logo a abrir com Lykogiannis a agarrar na bola de saída e a atirar com estrondo ao poste com apenas 21 segundos de jogo. Ficou o aviso que o AC Milan levou a sério, não demorando a inaugurar o marcador numa jogada com cruzamento de Pulisic, assistência de Reijnders (o antigo médio do conjunto de Alkmaar é mesmo um jogador para patamares mais altos) e golo de Giroud (11′). Os rossoneri entravam na sua zona de conforto e dominariam a partida a partir daí, com Pulisic a fazer o 2-0 com um remate de fora da área após combinação com Giroud (21′), sendo que a equipa da casa ainda teve algumas oportunidades para reduzir mas Maignan foi brilhando na baliza e a última oportunidade pertenceu mesmo a Rafael Leão, com um remate ao poste numa jogada individual (89′).