A Coreia do Norte lançou esta quarta-feira um míssil balístico nas suas águas orientais, informaram fontes militares da Coreia do Sul, horas depois de os Estados Unidos terem enviado pelo menos um bombardeiro de longo alcance para a península coreana.

O Ministério da Defesa do Japão também confirmou que a Coreia do Norte disparou um míssil balístico.

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O envio por Washington do bombardeiro supersónico B-1B para a península coreana é feito ao abrigo da realização de exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul.

A Coreia do Norte tinha dito que os exercícios militares dos Estados Unidos da América (EUA) e da Coreia do Sul eram um ensaio de invasão e criticou a decisão norte-americana de enviar o sofisticado aparelho aéreo para a região.

Este destacamento do B-1B é o décimo sobrevoo de bombardeiros norte-americanos na península coreana no ano em curso.

Na terça-feira, os media estatais da Coreia do Norte informaram que o Presidente norte-coreano, Kim Jong-un, tinha pedido às Forças Armadas para estarem em estado de prontidão para combate, para a eventualidade de terem de contrariar eventuais planos de invasão.

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Nesse dia, Seul, Washington e Tóquio mobilizaram navios militares para um exercício trilateral de defesa antimísseis ao largo da ilha de Jeju, perto da Coreia do Sul.

Num discurso para assinalar o Dia da Marinha da Coreia do Norte, Kim Jong-un disse que as águas da península coreana encontravam-se numa fase de instabilidade, alertando para o “risco de uma guerra nuclear”, por causa da ação dos EUA.

Desde o início de 2022, a Coreia do Norte realizou mais de 100 testes de armas, muitos deles envolvendo mísseis com capacidade nuclear, concebidos para atacar os EUA, a Coreia do Sul e o Japão.

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A vaga de testes do regime de Pyongyang fez com que os EUA e a Coreia do Sul expandissem os seus exercícios militares na região, retomando o treino trilateral, envolvendo igualmente o Japão, e aumentando a “visibilidade regular” dos ativos estratégicos norte-americanos na península coreana.

Em julho, os EUA enviaram um submarino com armas nucleares para a Coreia do Sul pela primeira vez em quatro décadas.

No início de agosto, o Presidente norte-americano, Joe Biden, recebeu os líderes do Japão e da Coreia do Sul para uma cimeira trilateral inédita no retiro presidencial em Camp David, nos arredores de Washington, para consolidar um novo acordo económico e de segurança.