Uma mulher que se encontrava grávida de 35 semanas morreu na segunda-feira enquanto era transportada pelos bombeiros rumo ao Hospital de Guimarães — e o bebé também acabou por morrer. A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) já anunciaram a abertura de inquéritos ao caso.
A notícia foi inicialmente avançada pelo jornal Correio da Manhã, que detalha que a mulher já tinha sido vista anteriormente naquele hospital, onde foi pelo seu próprio pé, tendo saído após ser submetida a alguns exames — e confirmada, mais tarde, ao Observador pelo próprio hospital de Guimarães.
Na tarde de segunda-feira, teve sintomas de falta de ar e foi socorrida pelos bombeiros de Caldas das Taipas, vila situada cerca de 8 quilómetros a noroeste de Guimarães — mas acabou por morrer durante o transporte, bem como o bebé.
O jornal regional O Minho adianta que a mulher tinha 26 anos. De acordo com aquele jornal regional, a jovem tinha estado no hospital no domingo por não se sentir bem, mas os exames que realizou não mostraram qualquer problema de saúde — e a mulher voltou a casa normalmente.
“O Hospital da Senhora da Oliveira de Guimarães solidariza-se com a família neste momento difícil e lamenta a sua perda. Nesta altura o que podemos adiantar é que todo o protocolo clínico foi conduzido, desde o primeiro momento, conforme os procedimentos exigidos nestas situações. Tratava-se de uma utente com comorbilidades, tendo chegado a este Hospital já sem vida. Como é protocolado nestas circunstâncias aguardamos o resultado da autópsia”, lê-se numa nota oficial enviada pelo hospital ao Observador.
Na tarde desta quarta-feira, já depois de terem sido publicadas notícias em vários meios de comunicação social sobre o caso, a Entidade Reguladora da Saúde e a Inspeção Geral das Atividades em Saúde enviaram um comunicado conjunto aos jornalistas a anunciar a abertura de inquéritos.
“A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) após terem tido conhecimento do falecimento de uma grávida e do seu bebé, assistidos no Hospital Senhora da Oliveira, E.P.E. (Guimarães), decidiram, no quadro das suas competências legais, instaurar, respetivamente, um processo de avaliação e um processo de inquérito que permitam o cabal esclarecimento desta situação”, lê-se na nota. “A ERS e o IGAS decidiram cooperar de modo a obter todos os esclarecimentos necessários de forma complementar.”
O funeral acontece na quinta-feira na freguesia de Corvite, na periferia da cidade de Guimarães — só depois de conhecidos os resultados da autópsia feita esta quarta-feira em Guimarães.
Artigo atualizado às 13h15 com a nota enviada pelo hospital de Guimarães e às 17h15 com a nota conjunta da ERS e da IGAS.