O vencedor da meia-final entre o Barcelona e o Sporting já sabia que ia defrontar o FC Porto na final da Supertaça Ibérica. O clube blaugrana chegava a Viana do Castelo na condição de vencedor do campeonato espanhol e da Taça do Rei, tendo, além disso conquistado, em 2022, a única edição do troféu em disputa. Os leões tiveram o direito de participarem na competição graças à conquista da Taça de Portugal. Dois emblemas habituados a vencer só podiam dar um bom espetáculo, ainda que a força dos catalães na modalidade não se cinja a serem uma das melhores equipas da península, mas também do mundo.

Começar bem é começar a ganhar: FC Porto está na final da Supertaça Ibérica

“Temos de estar concentrados”, explicou Ricardo Costa, treinador do Sporting ao canais do clube. “Temos o exemplo do ano passado, em que fizemos um grande jogo e perdemos. Normalmente, quando fazemos um grande jogo, ganhamos, mas perdemos [em 2022/2023] porque jogámos contra uma equipa recheada dos melhores jogadores do Mundo. Perdeu alguns jogadores de grande dimensão, mas as peças mais importantes continuam na equipa do Barcelona. Do nosso lado está a ambição de uma equipa jovem de querer fazer boa figura, de querer disputar o jogo, todos os minutos e de se aguentar na partida. É um desafio único para nós perante uma equipa que está na Liga dos Campeões. Nós ainda não estamos e, por isso, temos de aproveitar estas oportunidades para crescer”.

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A estratégia verde e branca passava por controlar a velocidade que o Barcelona impõe no jogo. “Fazem sempre transição, o que obriga a uma resposta rápida da nossa parte, e gostam de resolver os jogos assim. Temos de subir a nossa intensidade para conseguirmos competir com eles. Acredito que o conseguimos fazer e vamos tentar fazê-lo durante 60 minutos”, analisou o técnico leonino.

O Barcelona dominou o início do encontro, mas sem conseguir uma vantagem irrecuperável. Num momento em que Gassama foi excluído por dois minutos, os leões, mesmo em inferioridade numérica, conseguiram ter hipótese de empatar, o que acabou por acontecer com um golo de Salvador Salvador num remate em que o pivô mais parecia um lateral ou um ponta. Leo Maciel, guarda-redes que chegou ao Sporting na época passada proveniente do Barcelona, tinha grandes responsabilidade no que estava acontecer. João Gomes deixou a equipa portuguesa na frente (15-14). Ainda assim, mesmo em cima da buzina do intervalo, Dika Mem voltou a colocar a equipa catalã na liderança (19-18).

Uma série de erros do Sporting no ataque, fez com que o Barcelona marcasse golos fáceis. Ricardo Costa parou o encontro para não deixar o resultado descambar. Dika Mem estava imparável na primeira linha e valeu aos espanhóis uma vantagem de quatro golos. Nem em situações de superioridade os leões conseguiram diminuir a diferença. Mesmo que o guarda-redes André Kristensen, que esteve entre os postes na segunda parte, fosse conseguindo algumas defesas, no ataque, a equipa de Alvalade não conseguia concretizar. Tudo corria mal. Ricardo Costa pediu pausa técnica no momento em que Martim Costa rematou, anulando o golo do filho antes de saber o desfecho do remate. Os leões acabariam mesmo por ser eliminados com uma derrota por 37-32. Os catalães defrontam o FC Porto este domingo na final do torneio.