O início do julgamento do caso das agressões entre Cláudia Simões e agentes da PSP, numa paragem de autocarro na Amadora, em janeiro de 2020, foi adiado para 8 de novembro, após estar agendado para esta quarta-feira.

A informação foi avançada pelo Expresso e confirmada à Lusa pela advogada Ana Cristina Domingues, que representa Cláudia Simões neste processo que vai ser julgado no Juízo Central Criminal de Sintra. Em causa neste adiamento terá estado a doença de outro dos advogados presentes neste processo.

O caso das agressões ocorreu em 19 de janeiro de 2020, depois de um desentendimento motivado pelo facto de a filha de Cláudia Simões, que assistiu às agressões, não ter consigo o passe. Na altura, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou a abertura de um inquérito pela Inspeção-Geral da Administração Interna.

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O Ministério Público (MP) veio a acusar em setembro de 2021 o agente Carlos Canha de três crimes de ofensa à integridade física qualificada, três de sequestro agravado, um de injúria agravada e um de abuso de poder, imputando ainda aos agentes João Gouveia e Fernando Rodrigues um crime de abuso de poder devido às agressões a Cláudia Simões.

No entanto, um recurso do polícia Carlos Canha para o Tribunal da Relação de Lisboa teve provimento em janeiro deste ano e acabou por pronunciar também Cláudia Simões para julgamento por um crime de ofensa à integridade física qualificada, tal como requerido pelo agente PSP.

No processo de detenção de Cláudia Simões pelo agente Carlos Canha, que na altura não estava de serviço, a mulher terá empurrado o agente e resistido à detenção e, já no chão, manietada pelo agente da Polícia de Segurança Pública (PSP), terá mordido o polícia.

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