A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou nesta sexta-feira que a pressão migratória sobre o seu país era “insustentável”, devido à chegada quotidiana de milhares de migrantes, e pediu ajuda à União Europeia (UE).

“A pressão migratória que a Itália está a sofrer desde o início do ano é insustentável. Deve-se a uma conjuntura internacional difícil” em África, declarou a chefe do governo de coligação de direita e extrema-direita, em mensagem vídeo difundida pelos seus serviços.

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Meloni reagia assim à situação na ilha de Lampedusa, situada a menos de 150 quilómetros do litoral tunisino, que representa uma das primeiras escalas dos migrantes que querem atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa.

Nos últimos dias chegou a Lampedusa a maior parte dos 11 mil migrantes que alcançaram território italiano desde segunda-feira, segundo o Ministério do Interior, o que saturou o centro de acolhimento da Cruz Vermelha Italiana, que tem capacidade de 400 lugares.

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Meloni disse também que “dezenas de milhões de pessoas” em África podem querer sair dos seus países, devido a golpes de Estado ou à fome, considerando “evidente que a Itália e a Europa não podem acolher esta massa enorme” de migrantes.

Meloni voltou a apelar à UE para que reaja rápida e resolutamente. Em concreto, escreveu à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para a convidar a ir a Lampedusa e ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, para que este coloque o tema das migrações na ordem de trabalhos da cimeira prevista para outubro.