Jon Fath e Sam Mizrahi, fundadores da Rauva, são os vencedores da quinta edição do prémio João Vasconcelos — uma distinção anual criada pela Startup Lisboa em homenagem ao seu primeiro diretor executivo e ex-secretário de Estado da Indústria. Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, destacou que é a “primeira vez que [cidadãos] estrangeiros ganham este prémio”.
O prémio, que voltou a contar com a parceria da Google for Startups e da CCA Law Firms, quer “celebrar o empreendedorismo e dar voz aos empreendedores e ao trabalho que desenvolveram ao longo do último ano”. A Rauva, fintech que leva para casa 10 mil euros, chegou a Portugal há um ano e tem uma “super app” para tornar o empreendedorismo e a gestão de negócios acessível a qualquer pessoa. É das uma empresas que está no programa de aceleração da Fábrica dos Unicórnios de Lisboa
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O CEO Jon Fath, que recebeu o prémio em nome dos fundadores, disse estar “muito contente” pela sua equipa, apesar de “nervoso”. O empresário francês recordou, durante o discurso de aceitação da distinção de “empreendedor do ano”, que está em Portugal apenas há 14 meses: “Não conhecia Portugal, a minha família nunca cá tinha vindo, mudámo-nos para cá… foi uma aposta”.
As pessoas achavam que era louco quando vim para cá”, afirmou Jon Fath, acrescentando que “ninguém confiava” nele, exceto a Startup Lisboa, a Fábrica dos Unicórnios e a sua equipa.
Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, Sofia Marta, country manager da Google Cloud em Portugal, e Domingos Cruz, managing partner da CCA Law Firm, foram os responsáveis por entregar o prémio, numa edição em que estavam também presentes outros cinco finalistas: Guilherme Coelho (Maven Pet Inc), João Aroso (Leadzai), Mauro Frota (BHOUT), Miguel Alves Ribeiro (sheerME) e Verónica Orvalho (Didimo).
O anúncio do vencedor do prémio João Vasconcelos foi feito esta quinta-feira num evento no Hub Creativo do Beato. O júri que distinguiu os fundadores da Rauva e que assistiu ao pitch das empresas era construído por Gil Azevedo (Startup Lisboa), Margarida Figueiredo (Câmara Municipal de Lisboa), Nuno Pimenta (Google), Filipe Mayer (CCA Law Firm), Inês Sequeira (Casa do Impacto), Miguel Santo Amaro (CEO da Coverflex, que venceu o prémio João Vasconcelos no ano passado) e Luís Guerreiro (Presidente do IAPMEI).
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Durante o evento de entrega do prémio João Vasconcelos foi ainda distinguido o “Melhor Pitch” de entre os finalistas. Para um júri composto por um grupo de jornalistas (do qual o Observador fez parte), Mauro Frota — CEO da startup BHOUT, que produz um saco de boxe com Inteligência Artificial — fez a melhor apresentação e recebeu um prémio no valor de 2.500 euros, que deve doar a uma organização de caridade à sua escolha.
Este ano foram criadas novas distinções, como o prémio ecossistema (para quem contribuiu para o desenvolvimento do ecossistema empreendedor português), que foi ganho por Marcelo Lebre, cofundador da Remote; e o prémio de melhor startup de impacto (para a empresa mais inovadora de impacto social ou ambiental), que foi vencido pela Actif, plataforma que se dedica a atividades físicas, cognitivas e sociais inclusivas.
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