A Remote, startup que criou uma plataforma para gestão de recursos humanos em teletrabalho, fechou uma ronda de investimento Série C no valor de 300 milhões de dólares, cerca de 270 milhões de euros, anunciou a empresa.

A ronda foi liderada pelo fundo SoftBank Vision Fund 2, contando ainda com a participação de outros investidores como Accel, Sequoia, Index Ventures, Two Sigma Ventures, General Catalyst, 9Yards, Adams Street e Base Growth, refere em comunicado a empresa que tem o português Marcelo Lebre como um dos fundadores.

O mais recente investimento servirá para a Remote “impulsionar a empregabilidade a nível mundial” e “construir mais produtos, incluindo plataformas para prestadores de serviços e gestão global de vencimentos”. No total, a empresa que tem o estatuto de unicórnio já recebeu 495 milhões de dólares (mais de 445 milhões de euros) em investimento num ano, o que a coloca com uma avaliação de quase três mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros).

A startup diz ainda ter conseguido um aumento de 900% no número de funcionários e um aumento de 1300% em receita anual recorrente em 2021, o que torna a “Remote a empresa de contratação global, com mais rápido crescimento a nível mundial”.

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Fundada em 2019 pelo holandês Job van der Voort e pelo português Marcelo Lebre, a Remote desenvolveu uma plataforma que permite às empresas facilitar a contratação de colaboradores em qualquer lugar, pagando aos funcionários na moeda que preferirem.

Desde o primeiro dia que a missão da Remote tem sido ajudar a criar um mundo onde cada pessoa e cada empresa está integrada num mercado verdadeiramente mundial. Esta demonstração de apoio dos nossos investidores, juntamente com o rápido crescimento do nosso negócio, mostra que esta necessidade não só é palpável, mas também que a nossa visão e as soluções que oferecemos são inovações de primeira linha”, explica Job van der Voort, citado no comunicado.

Brett Rochkind, managing partner na Softbank Investment Advisers, explica estar “expectante” para poder trabalhar “com o Job, com o Marcelo e com o resto da equipa, e poder apoiar a missão da Remote em abrir o enorme potencial do mercado global a qualquer pessoa, empresa e país”.

A empresa refere ainda na nota que “vai continuar a inovar e a criar novas ofertas”, explicando que este ano lançou o programa Remote Relocation, que “garante apoio especializado às empresas que pretendem facultar a possibilidade dos seus trabalhadores mudarem de país, auxiliando na obtenção de vistos”. A Remote lançou também outro programa, Remote for Refugees, que permite que as empresas invistam no “talento” dos refugiados.