A vigilância do Rio Sena vai ser reforçada com equipas dedicadas, foi anunciado esta terça-feira pela autarquia de Paris, após uma válvula ter criado problemas com poluição naquele curso de água, afetando eventos teste a caminho de Paris2024.
“Os testes reforçam a necessidade de reforçar a monitorização, controlo e sistemas de alerta, para limitar qualquer risco de descargas inesperadas no Sena com tempo seco”, pode ler-se num comunicado da autarquia e da prefeitura da região de Ile-de-France.
A válvula da central de Tolbiac foi danificada por eventos metereológicos e providenciou descargas, confirmou o relatório do incidente de agosto, em que o rio estava de tal forma poluído que foram cancelados dois eventos de triatlo e outros de natação de águas abertas, em tempo de chuva de verão.
É proibido nadar no Sena desde 1923, mas a autarca da capital francesa, Anne Hidalgo, espera poder permiti-lo de novo a partir de 2025, em três locais distintos, sofrendo duro revés com os eventos teste, que confirmaram ainda que surgiram outros problemas, para lá da válvula e do mau tempo, a afetar a qualidade da água.
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris2024 decorrem daqui a menos de um ano.
Em 6 de setembro, o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) mostrou-se “confiante” quanto à realização de eventos naquele rio, apesar da má qualidade, por faltar ainda “quase um ano”, e a organização dos Jogos garantiu que a água melhorará até ao próximo ano, contando com “a infraestrutura adicional para gerir melhor as chuvas e as águas residuais entrar em funcionamento”.
Essas obras públicas incluem um gigantesco reservatório subterrâneo em Paris, que armazenará o excesso de água durante as tempestades, para que não precise ser derramado, sem tratamento, no rio, e possa ser tratado posteriormente.
O rio Sena, que será o epicentro da cerimónia de abertura dois Jogos Paris2024, deverá receber competições de natação em águas abertas, e as provas de natação das modalidades de triatlo e paratriatlo.