Os militares que a 30 de agosto derrubaram Ali Bongo Ondimba, há 14 anos no poder no Gabão, anunciaram a redução do recolher obrigatório que vigorava há mais de um mês, anunciou esta quinta-feira a presidência.
Esta medida foi introduzida pelo Governo de Bongo na noite da eleição presidencial de 26 de agosto, das 18h00 às 06h00, horas locais, mesma hora em Lisboa, depois mantida pelos militares, que a reduziram pela primeira vez em 11 de setembro, mas apenas na capital Libreville e nos seus subúrbios, das 22h00 às 06h00.
O recolher obrigatório foi mantido mas reduzido das 00h00 às 05h00 em “todo o país“, anunciou o coronel Ulrich Manfoumbi Manfoumbi, porta-voz do Comité de Transição e de Restauração das Instituições (CTRI), numa declaração transmitida pela televisão estatal na quarta-feira à noite.
A decisão foi justificada pela “preocupação de aliviar os operadores económicos em todos os setores e tendo em conta os imperativos ligados ao início do novo ano escolar”, disse.
A informação foi esta quinta-feira confirmada à agência AFP pelo porta-voz presidencial.
O exército derrubou Ali Bongo, no poder desde a sua primeira eleição em 2009, após a morte do seu pai Omar Bongo Ondimba, momentos depois de ter sido proclamado reeleito num ato eleitoral considerado fraudulento pelos militares e pela oposição.
O general Brice Oligui Nguema, proclamado presidente da transição, prometeu imediatamente devolver o poder aos civis através de eleições no final de um período não especificado.