Contra o FC Porto, na segunda jornada do grupo H da Liga dos Campeões, João Cancelo fez o sétimo jogo com a camisola do Barcelona. O defesa transferiu-se para a Catalunha na ponta final do mercado de verão por empréstimo do Manchester City. A imprensa espanhol tem avançado que as negociações para que o lateral formado no Benfica continue a vestir a camisola blaugrana estão adiantadas e o internacional português parece estar onde quer estar. “O Benfica é o clube do meu coração, mas sempre quis representar o Barcelona. Os meus ídolos jogaram aqui. É um clube que está em crescimento novamente. Estou muito feliz”, afirmou no encontro frente ao FC Porto que a equipa da La Liga venceu por 1-0.

Cancelo esteve envolvido num dos lances mais polémicos do jogo. O jogador do Barça tocou a bola com a mão e o árbitro do encontro assinalou grande penalidade. Após o VAR analisar o lance, Anthony Taylor, reverteu a decisão tomada inicialmente por ter detetado que Eustáquio cometeu a mesma infração momentos antes. “Com o VAR é tudo mais claro, ainda que o VAR seja a decisão de uma pessoa. Tinha visto que o Eustáquio tinha tocado com a mão na bola primeiro. Tenho que ver o lance outra vez. Com a adrenalina do jogo não tenho bem noção. Tenho a sensação de que estou com o braço quase junto ao corpo. Com isto das mãos, os defesas estão sempre em desvantagem, mas está o VAR e a decisão foi correta”, apontou o português.

Por sua vez, Eustáquio, ainda sem ter visto as imagens, explicou no final do jogo as dúvidas que tinha. “Senti que a bola me tinha tocado no peito, na zona do ombro. Depois, tenho a certeza que vi o Cancelo tocar na bola com a mão. Tinha perguntado ao árbitro o que é que ele estava a ver. Ele disse que eram as linhas”, disse o médio. “Depois, acaba por marcar a minha mão. Ainda não vi as imagens. Vou ver as imagens e se bateu na mão, bateu na mão. Com o calor do jogo não senti, mas logicamente que é difícil dizer”.

Depois do lance da possível grande penalidade, o FC Porto viu ainda um golo ser anulado a Taremi. O treinador dos dragões, Sérgio Conceição, não escondeu a frustração. “Foi um jogo cruel para nós. Jogámos contra um grande clube, mas jogámos contra mais do que um grande clube”, acusou “É necessário que todos estejam focados, concentrados e não se podem cometer determinados erros nesta competição, porque depois sofre-se e é injusto”.

No final, o FC Porto acabou por deslizar em casa e ver o Barcelona sair do Dragão com três pontos e com a liderança no grupo. “Foi um jogo dificílimo, o FC Porto é uma equipa muito agressiva em casa, pressiona muito bem. Ao perdermos bolas como perdemos íamos sofrer contra-ataques, o que é um ponto forte deles. Valeu pela vitória. São seis pontos. Ainda não sofremos golos nesta competição, o que é bom. A equipa toda está de parabéns, mas há muitas coisas a melhorar”, analisou João Cancelo. Também o treinador do Barcelona, Xavi Hernández, reconheceu os problemas sentidos. “Conceição é um grande treinador, custou-nos muito ganhar este jogo. Na primeira parte fomos superiores ao FC Porto. Na parte final, sofremos, é lógico, isto é a Liga dos Campeões. É um campo complicado. O FC Porto é um grande do futebol europeu”.

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