De um lado, o FC Porto procurava ultrapassar o empate contra o Águas Santas na jornada anterior. Do outro, o Benfica tentava não voltar a perder com um rival direto depois da derrota com o Sporting na primeira jornada do Campeonato. No Dragão Arena, o Clássico de andebol era bem mais do que um jogo e agitava também o pódio da classificação, já que os dragões entravam na partida em terceiro e os encarnados em segundo, ambos atrás dos leões.

O historial recente dava algum favoritismo ao FC Porto: nos últimos 20 encontros contra o Benfica, os dragões venceram em 14 ocasiões, cimentando uma superioridade que tem sido sinónimo de títulos e que atualmente é representada pelo tetracampeonato conquistado no passado mês de junho. Ainda assim, o universo encarnado acreditava que este sábado poderia ser o início de uma nova página.

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“É um Clássico que chega cedo, mas mais cedo ainda foi o dérbi com o Sporting. Tinha preferido que esse jogo fosse mais tarde no calendário. Mas não vale a pena estarmos preocupados com quando é que acontece o jogo, o importante é entrar para vencer. Sei que é um jogo muito importante em Portugal e temos de tentar estar no máximo, porque é um rival direto e estes pontos ainda contam mais”, o treinador espanhol que assumiu o comando técnico do Benfica na atual temporada.

“O Benfica vem aqui para tentar ganhar o jogo, porque é um candidato ao título. Como temos feito sempre, sabemos reagir a momentos menos bons. Esperamos um bom jogo de andebol e vamos com muita confiança de que vamos ganhar”, respondeu o internacional português Rui Silva, que está no FC Porto desde 2015.

Assim, num Dragão Arena absolutamente lotado, a primeira parte trouxe muito equilíbrio e poucas discrepâncias de resultado, com FC Porto e Benfica a estudarem-se mutuamente e a procurarem não cometer erros que abrissem a porta a golos do adversário. Os dragões foram para o intervalo a vencer por apenas um golo (18-17), mas a segunda parte alterou por completo o rumo do jogo: a equipa de Carlos Resende voltou transfigurada e alicerçou numa grande exibição de Rui Silva uma subida de rendimento que permitiu chegar a cinco golos de vantagem.

O Benfica conseguiu reduzir a desvantagem já nos minutos finais, com recurso a vários golos de Paulo Moreno, mas não evitou a derrota: no fim, o FC Porto venceu o Clássico (37-33) e confirmou a superioridade face aos encarnados, alargando para quatro pontos a distância entre o segundo e o terceiro lugares do Campeonato de andebol.