No final, sobraram os três pontos. Após duas derrotas no Campeonato e na Liga dos Campeões com Benfica e Barcelona, o FC Porto voltou aos triunfos frente ao Portimonense, confirmando aquilo que é uma “regra” nas receções aos algarvios com um total de 24 vitórias noutras tantas partidas, e quebrou também a série de dois jogos sem marcar, conseguindo ainda ficar em branco a nível de golos sofridos em casa pela primeira vez na presente temporada. No entanto, entre todos esses dados e com muita culpa própria à mistura pelo número de oportunidades desperdiçadas ao longo da partida, ficaram também alguns números “vermelhos”.

Pepê agiu para Zé Pedro deixar todos sem reação (a crónica do FC Porto-Portimonense)

Após oito jornadas, o FC Porto tem apenas 11 golos marcados no Campeonato, o que faz com que nesta fase oito equipas tenham mais remates certeiros do que os dragões na prova (onde são a melhor defesa a par do Sporting). Em paralelo, todos os seis triunfos alcançados pelos azuis e brancos na principal competição foram alcançados pela margem mínima, algo que também não é habitual nos dragões. Foi sobre isso que a formação portista refletiu no final da partida: os problemas na finalização e as dificuldades que essas falhas acabam depois por significar com o passar os minutos face a essas vantagens mais curtas no marcador. Isso e algumas decisões da equipa de arbitragem que não passaram ao lado da análise de Sérgio Conceição no final.

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“Se tivéssemos ganho por 4-0 ou 5-0 deixava-me sempre a pensar, cada jogo dá-nos coisas positivas e outras não tão positivas. Temos de trabalhar em cima de cada jogo. Ganhar por 1-0 é curto para o que se passou, o jogo foi de sentido único. Na única ocasião que o Portimonense criou não fomos nós que tivemos algo mal, mas sim a terceira equipa, porque era uma falta clara sobre o Evanilson e que deu golo ao adversário. Foi a única ocasião. Criámos muito, preocupar-me-ia se não conseguíssemos criar, se não fôssemos a equipa que fomos. Há coisas a melhorar, os jogadores e equipa estão a crescer, a evoluir, mas faz parte do nosso trabalho, sempre melhorar dia a dia para que sejamos mais fortes”, começou por dizer.

“Saída de Alan Varela ao intervalo? Tenho a noção da facilidade com que expulsam jogadores do FC Porto e com esse receio tirei o Alan. Como é um jogador que está no nosso equilíbrio defensivo, está sempre presente, tinha esse receio que, como aconteceu com o David Carmo, levasse o segundo amarelo e ficássemos reduzidos a dez mais cedo”, acrescentou ainda à SportTV Sérgio Conceição, sem esquecer mais tarde o golo anulado a Toni Martínez no quarto minuto de descontos por uma diferença de apenas dois centímetros.

“No fina, num jogo em que podíamos estar a ganhar por cinco ou seis e estávamos ali em inferioridade numérica, era preciso reajustar. Iván Jaime de uma zona mais avançada para o lado do Eustáquio. Só com um central em campo, reajustar o que tínhamos de reajustar. Wendell mais para dentro, João Mário que é rápido no corredor lateral e o Jorge [Sánchez] que estava fresco e é um jogador defensivamente muito capaz e competente para tentarmos fechar os caminhos para a baliza. Mesmo assim o Portimonense não criou nada, nós criámos. Depois um fora de jogo de dois centímetros ou dois milímetros, não sei se será a camisola ou a ponta do cabelo, não faço a mínima ideia… Mais uma vez um golo anulado desta forma. Mas se é fora de jogo é fora de jogo. Por aquilo tudo que acontece, pelas situações que criámos, acabámos o jogo desta forma. Temos de tirar as coisas positivas que fizemos, que foram bastantes em muitos momentos. Viemos de uma jornada europeia, tem o seu peso. Os jogadores estão de parabéns, fizeram um bom jogo, o resultado certo seria com três ou quatro golos de diferença. Foi 1-0 e três pontos importantes”, concluiu.