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Shani Louk, jovem israelita com nacionalidade alemã que, nas primeiras horas do ataque do Hamas em território israelita, foi um dos principais rostos da tragédia que vitimou centenas de civis, apareceu com vida mas gravemente ferida num hospital em Gaza.

A jovem tinha sido identificada pela mãe, Ricarda Louk, num vídeo no último fim-de-semana, no qual aparecia semi-nua, inconsciente e com ferimentos visíveis na cabeça, levando muitos a temer que tivesse morrido. Num vídeo divulgado pela emissora pública alemã ARD, a mãe de Shani, alemã e residente em Israel há mais de 30 anos, lançou um apelo público ao governo alemão para que a ajudassem a recolher mais informações sobre o paradeiro da filha. Nele, afirma ter tomado conhecimento de que esta se encontrava em estado crítico num hospital com um traumatismo crânio-encefálico e pediu ajuda às autoridades para que atuem no sentido de exfiltrar a filha.

“Temos agora mais informações de que a Shani está viva, mas tem uma lesão grave na cabeça e está em estado crítico”, diz a mãe no vídeo. “Cada minuto é vital. E pedimos — não, exigimos ao governo alemão para que atue rapidamente. Não é tempo de discutir questões de competência; há que atuar rápido para tirar a Shani da Faixa de Gaza”, acrescenta.

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As imagens da jovem, de 22 anos, correram mundo no último fim de semana, e tornaram-se um símbolo precoce do ataque do Hamas que despoletou a guerra contra Israel. Shani foi uma entre milhares de jovens que participavam no festival de música eletrónica Tribe of Nova, perto da faixa de Gaza, um dos primeiros locais que a milícia terrorista atacou na sua operação, tendo feito centenas de vítimas civis.

As autoridades alemãs já abriram uma investigação contra o Hamas pelo sequestro e assassinato de cidadãos alemães durante o ataque do último sábado, no sul de Israel. Numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler Olaf Scholz reiterou que as autoridades estão a trabalhar “intensamente” para identificar os alemães que permanecem vivos e reféns do Hamas.

Até ao momento, a Alemanha não avançou com um número certo de vítimas. Sabe-se que pelo menos 260 corpos foram retirados do recinto do festival.