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O Hamas emitiu esta terça-feira um comunicado onde “condena veementemente e rejeita” as acusações feitas por Israel e pelos EUA de que o grupo estaria a usar hospitais como bases militares, declarando que a Casa Branca está a repetir as “mentiras” propagadas por Israel. “Estas acusações dão luz verde para a ocupação cometer mais massacres brutais sobre hospitais, com o objetivo de destruir o sistema de saúde de Gaza e desalojarem palestinianos”, disse o grupo terrorista.

Renovamos o apelo à Organização das Nações Unidas para que forme um comité internacional para investigar e verificar todos os hospitais, para encontrar a mentira que é a narrativa da ocupação e do seu aliado, Washington”, lê-se no comunicado do Hamas, citado pela Al Jazeera.

As declarações chegaram em resposta às acusações feitas esta semana por Israel e, em seguida, corroboradas pelos EUA. Na segunda-feira, as Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram um vídeo que alegadamente prova que o hospital pediátrico de Rantisi, na Cidade de Gaza, foi usado pelo Hamas para manter reféns.

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Duche, cozinha e casa de banho. Israel divulga vídeo de cave em hospital onde alegadamente estiveram reféns do Hamas

Nas imagens, Daniel Hagari, porta-voz das IDF, mostra uma cave com várias salas onde, alega, o grupo terrorista mantinha os equipamentos necessários para conduzir um rapto. Numa das paredes, aponta para um calendário com início a 7 de outubro, onde estariam supostamente apontados em árabe os turnos dos guardas para vigiarem os reféns.

Entretanto, no seguimento do vídeo divulgado no hospital de Rantisi, John Kirby afirmou na terça-feira que a Casa Branca tem informações de que o hospital de al-Shifa, em Gaza, é usado pelo Hamas para conduzir operações militares.

“Temos informações que confirmam que o Hamas está a usar esse hospital em particular como comando e controlo”, afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca a bordo do Air Force One, citado pelo The Guardian. “Isso é um crime de guerra.” 

“Para ser claro, não apoiamos o ataque aéreo a um hospital. Não queremos ver um tiroteio num hospital onde pessoas inocentes, pessoas indefesas, pessoas doentes estão simplesmente a tentar obter os cuidados médicos que merecem”, disse, citado pelo mesmo jornal, acrescentando que as ações do Hamas nos hospitais “não diminuem as responsabilidades de Israel de proteger os civis”.