A Direção-Geral Energia e Geologia (DGEG) registou manifestações de interesse de 50 empresas em analisar a participação no concurso para a atribuição de potência eólica no mar, ao largo da costa continental. Este processo é o primeiro passo para o concurso que Governo queria lançar até ao final do ano, mas cuja realização fica tremida por causa da dissolução do Parlamento na sequência da demissão do primeiro-ministro.

Em comunicado, o Ministério do Ambiente e Ação Climática que a próxima fase será de diálogo com os interessados que irá decorrer em janeiro do próximo ano. O que deverá fazer cair o lançamento de um procedimento formal de concurso já para próximo Governo. Questionado sobre se este concurso ainda seria lançado com o atual Executivo — que está em funções plenas formais até janeiro para permitir a aprovação e publicação do Orçamento do Estado — Duarte Cordeiro indicou que estava a ser feita uma avaliação dentro do Executivo para decidir o que avança e o que fica à espera do próximo elenco governativo. Mesmo que este concurso seja lançado, a decisão final passará já para o próximo.

Por definir ainda está o modelo financeiro deste concurso, nomeadamente como será fixado o preço de eletricidade produzida por estas instalações e se haverá subsídios.

Pedidos para eólicas no mar somam o dobro da potência que Portugal quer instalar até 2030

Entre as 50 empresas que manifestaram interesse e cuja identidade pode ser consultada no site da DGEG estão grandes empresas nacionais, como a Galp, a Mota-Engil, a Greenvolt, Finerge e a EDP (através da Ocean Windes, parceria criada com a francesa Engie). Surgem também grandes grupos internacionais como a Repsol, Iberdrola, Ferrovial, Sumitomo, Marubeni, Acciona e investidores de renováveis que já operam em Portugal ou que têm projetos em carteira, como a Madoqua que vai investir no hidrogénio em Sines.

O Governo tinha como objetivo atribuir neste primeiro leilão 3,5 Gigawatts de potência em áreas ao largo de Viana do Castelo, Figueira da Foz/Aveiro e Leixões. O principal impacto negativo destas instalações é ao nível da pesca, sobretudo de arrasto.

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