O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou em outubro pelo quarto mês consecutivo, subindo 4,9% em termos homólogos e 1,1% em cadeia, para 303.356, segundo dados divulgados segunda-feira pelo IEFP.

De acordo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), “em outubro estavam registadas 303.356 pessoas nos centros de emprego do Continente e regiões autónomas, número que representa 66,3% de um total de 457.753 pedidos de emprego”.

Este valor representa um aumento de 4,9% (+14.231 pessoas) relativamente a outubro de 2022 e de 1,1% (+3.243 pessoas) face a setembro.

“Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2022, na variação absoluta, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (+21.337). Em sentido inverso há uma diminuição dos inscritos há 12 ou mais meses no ficheiro dos serviços de emprego (-7.106)”, detalha o IEFP.

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Quanto ao número de jovens desempregados inscritos, aumentou 8,6% (+2.813 pessoas) em outubro face ao mesmo mês de 2022 e subiu 5,8% (+1.930 pessoas) em cadeia.

A nível regional, em outubro de 2023, com exceção dos Açores (-14,2%) e da Madeira (-26,6%), o desemprego aumentou em termos homólogos, com o valor mais acentuado na região do Algarve (+8,9%).

Já em relação ao mês anterior, com exceção das regiões da região do Norte e do Centro, “a tendência é de aumento do desemprego com a maior variação a acontecer na região do Algarve (+23,1%) e do Alentejo (+7,4%)”, avança o IEFP.

Ao longo do mês em análise, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 54.694 desempregados, um número superior ao observado no mesmo mês de 2022 (+4.114, +8,1%) e inferior face a setembro (-1.993; -3,5%).

Já as ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês totalizaram 10.740 em todo o país, número superior ao do mês homólogo de 2022 (+1.211; +12,7%) e inferior em relação ao mês anterior (-1.979; -15,6%).

Os grupos profissionais mais representativos dos desempregados registados no continente eram em outubro os “trabalhadores não qualificados” (26,5%), “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores” (19,8%), “pessoal administrativo” (12,0%) e “especialistas das atividades intelectuais e científicas” (11,5%).

Relativamente ao mês homólogo de 2022 (excluindo os grupos com pouca representatividade, ou significado, no desemprego registado), registaram-se acréscimos no desemprego na maioria dos grupos profissionais, com destaque para os “operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem” (+10,1%) e “pessoal administrativo” (+9,4%).

Segundo o IEFP, o desemprego apresenta, face ao mês homólogo de 2022, aumentos nos grandes setores económicos: “Agrícola” (+4,4%), “Secundário”(+7,6%) e “Terciário”(+6,7%).