O construtor norte-americano de eléctricos de luxo revelou o segundo modelo da sua gama. Depois da berlina Air, que se assume como a mais potente do mercado, com uma versão que supera 1200 cv, a Lucid revelou finalmente a versão definitiva do Gravity, o SUV com mais de cinco metros de comprimento e espaço para sete adultos, o que não o impede de anunciar mais de 800 cv e uma autonomia superior a 700 km. Os dados finais ainda não são conhecidos, pois estão ainda em processo de homologação, de momento apenas no lado de lá do Atlântico, com a certeza de que, à semelhança do que aconteceu com a berlina Air, também o SUV chegará ao mercado europeu.
De dimensões generosas, o Gravity irá enfrentar, como modelo eléctrico que é, o actual líder de vendas neste segmento com mais de 5 metros, o Model X da Tesla. Mas, pelo refinamento interior a que a marca nos habituou, terá igualmente debaixo de olho SUV como o Cadillac nos EUA e as propostas europeias da Audi, BMW e Mercedes. As linhas são imponentes e volumosas, pelo que é de estranhar que a marca anuncie um Cx inferior a 0,24, tanto mais que a frente e a traseira são praticamente verticais.
Além de reclamar um habitáculo com bancos para sete, a Lucid destaca ainda um volume para bagagens de 3200 litros, que presumimos ser referente à versão com apenas cinco lugares e carregado até ao tejadilho. Lá dentro pode transportar até 680 kg mas, para rebocar (com travões), o Gravity pode puxar até 2720 kg, com a marca a não anunciar como ficará a autonomia com 2,7 toneladas lá atrás.
Para lançar o SUV, a Lucid apresentou a versão Dream Edition no Salão de Los Angeles, com a promessa de que seguirá o mesmo esquema de gama já adoptado para o lançamento da berlina Air, pelo que à versão de lançamento, seguir-se-á a GT, a Touring e, por fim, a mais acessível e menos potente Pure.
O Gravity exposto no AutoMobility LA anunciou mais de 800 cv, presumivelmente de dois motores (depois surgirão versões mais potentes) alimentados por uma bateria similar à utilizada no Air, ou seja, com 113 kWh de capacidade, que lhe assegura a já anunciada autonomia de 700 km. De notar que, por ser calculado segundo o método norte-americano EPA, este valor deverá superar 800 km quando adaptado ao menos exigente método europeu WLTP.
Para recarregar rapidamente uma bateria tão generosa, a Lucid recorre ao mesmo sistema de 900V para lidar com cargas a 350 kW, o que permite armazenar energia para percorrer mais 322 km depois de o Gravity estar ligado à rede apenas 15 minutos. Isto se tiver acesso a um posto de carregamento com esta potência.
Além da potência, o construtor conta com o luxo interior para cativar os seus clientes, com o Gravity a deitar mão aos mesmos trunfos já esgrimidos pelo Air e que são muitos. Resta esperar que o Gravity ajude a dar o empurrão de que a Lucid necessita em matéria de vendas, pois ultimamente o construtor tem sido notícia por nem sequer conseguir vender os poucos Air que produz.