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Abigail Idan foi libertada pelo Hamas no domingo. Completou 4 anos enquanto estava em cativeiro em Gaza, levada do kibutz Kfar Aza durante o massacre de 7 de outubro, quando os pais — Roy Idan, de 43 anos, e Smadar Idan, de 38 — foram assassinados. Os irmãos mais velhos, de 6 e 10 anos, conseguiram escapar, escondendo-se num armário durante 14 horas. Todos assistiram ao assassinato dos pais.

A menina com dupla nacionalidade, norte-americana e israelita, foi mantida em cativeiro junto de quatro membros da família Brodutch, vizinhos dos Idan no kibutz de Kfar Aza, em casa dos quais procurou abrigo a 7 de outubro, depois de os seus pais terem sido fatalmente baleados pelo grupo terrorista.

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Tal Idan, tia de Abigail, contou ao The New York Times que a menina não tomou banho durante os 50 dias de cativeiro. Foi Tal quem ficou a tomar conta dos dois irmãos de Abigail — Michael, de 9 anos, e Amelia, de 6 anos —, que não foram levados pelo Hamas.

Ao mesmo jornal, explicou que a sobrinha e a família Brodutch foram mantidos em apartamentos durante o cativeiro, tendo trocado de localização pelo menos uma vez. O grupo de cinco pessoas dividia entre si um único pedaço de pão pita por dia, acompanhado por za’atar, uma mistura de especiarias tradicional do Médio Oriente usada como condimento.

A família Idan mostrou-se aliviada por saber que Abigail passou as semanas de cativeiro com a família Broducht, expressando particular gratidão para com a mãe, Hagar Broducht, de 40 anos, que esteve também a tomar conta dos seus três filhos. “Estamos tão gratos a Hagar”, disse a mesma fonte, referindo-se à mulher como “anjo da guarda”.

Devido a uma grave infestação de piolhos, Abigail teve de cortar o cabelo durante as semanas de cativeiro. “Estava coberta com eles. Foi preciso um grande esforço para ajudá-la a livrar-se de alguns deles na primeira noite”, revelou em entrevista, citada pelo mesmo jornal. “Era um cabelo encaracolado maravilhoso. E agora desapareceu todo. Mas vai crescer outra vez.”

Depois de ser libertada, Abigail encontrou-se com a avó e uma tia na fronteira de Israel, tendo sido transportada de imediato num helicóptero militar para um hospital pediátrico perto de Tel Aviv. Sobre as três crianças, agora orfãs, Tal Idan manifestou: “O foco é ajudá-los a ter uma nova vida — a conseguirem sentir-se seguros de novo e capazes de dormir uma noite inteira sem terem pesadelos.”