Trinta e três serviços de urgência em todo o país vão estar a funcionar com limitações na próxima semana, verificando-se uma “melhoria real” nas especialidades com constrangimentos, indicou hoje a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).
Segundo o novo plano de reorganização da rede dos serviços de urgência do SNS, para o período entre 10 e 17 de dezembro, serão 50 unidades a funcionar em pleno (60%), dos 83 pontos em todo o país, e nas restantes verifica-se “uma melhoria real nas especialidades com constrangimentos e dos dias com limitações”.
Na semana entre 03 e 09 de dezembro encontravam-se 44 serviços de urgência a funcionar em pleno (53%), e os outros 39 com constrangimentos nalgumas especialidades, como a Via Verde AVC. De acordo com o novo plano, “há uma tendência clara de melhoria na resposta, que não será alheia aos efeitos dos recentes acordos com os médicos e os impactos que estão a ter na organização das escalas”.
O plano indica que as especialidades com mais constrangimentos nas urgências são cirurgia geral, pediatria, ortopedia e ginecologia e obstetrícia, mas há quatro hospitais que apresentam, em alguns dias, limitações nas urgências da Via Verde AVC, nomeadamente Viana do Castelo, Guarda, Santarém e Garcia de Orta, em Almada.
- Na Região Norte, que tem 29 pontos de urgência, serão afetadas 11 urgências em algumas especialidades.
- No Centro, estarão limitados sete dos 17 pontos e na Região de Lisboa e Vale do Tejo 13 das 19 urgências estarão a funcionar condicionadas em algumas especialidades.
- A Região do Alentejo tem os 12 pontos de urgência existentes sem constrangimentos e no Algarve três das seis urgências estarão condicionadas.
No documento, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde lembra que a pressão das infeções respiratórias, “fruto da sua sazonalidade e das temperaturas mais baixas que estão a ocorrer, traz novos desafios em termos de doença aguda”. No entanto, o organismo refere que “a disponibilidade, empenho e esforço dos profissionais e a capacidade de organização dos serviços de saúde”, tem-se traduzido numa resposta “mais consistente e robusta” que em anos anteriores.