Cerca de 70 pessoas estão reunidas numa assembleia popular na Praça Marquês de Pombal, em Lisboa, no decorrer de uma ação pelo clima organizada pela Climáximo, que reivindica a neutralidade carbónica, o fim do gás natural e empregos pelo clima.
Na Praça Marquês de Pombal, as várias pessoas estão divididas em pequenos grupos, espalhados numa das faixas da rotunda que circunda, para discutirem os planos para o movimento pela justiça climática para os próximos anos.
Tal como explicou à Lusa um dos porta-vozes da Climáximo, esta assembleia vai conversar sobre quais são as prioridades atuais na luta pelo clima, e definir os objetivos estratégicos e as ações de luta futuras.
“O que é importante realmente é as pessoas falarem sobre o que devemos fazer em conjunto, essa é a base da assembleia”, disse António Assunção.
Apontou que “o futuro é sempre incerto”, mas afirmou que estão dispostos a fazer o que “a crise climática e o atual momento” precisarem.
“Passa em grande parte por dar visibilidade à crise climática e mobilizar as pessoas e começarmos a agir novamente porque a nossa vida está em risco e estão a destruir tudo o que nós amamos”, explicou o porta-voz da Climáximo, sublinhando que a sociedade atual já está a falar sobre a crise climática, algo que não acontecia “há muito tempo”.
Antes de chegarem à Praça Marquês de Pombal, os cerca de 70 manifestantes caminharam lentamente pela avenida Fontes Pereira de Melo, depois de terem saído do Saldanha por volta as 14:40.
Esta ação, tal como explicou António Assunção, serve para fazer três exigências: neutralidade carbónica até 2030, fim do gás natural até 2025 e a implementação de um plano de emprego para o clima.
Segundo o porta-voz, as perspetivas de concretização destas metas “dependem sempre muito da população” e de a sociedade parar de encarar a crise climática “como uma crise secundária e para o futuro”.
“Temos de encarar como uma coisa que está a acontecer hoje e que devemos tomar ações agora”, sublinhou.
Uma das associações que aderiu a esta manifestação é a Habita, que luta por que todos os cidadãos possam habitar as cidades, tendo António Gori explicado que a luta da associação é “primeiramente uma luta que reivindica o direitos dos povos a habitar o planeta Terra”.
“Há uma ligação evidente porque sem planeta nem casa vamos ter”, apontou o porta-voz.
No final da assembleia que decorre na Praça Marquês de Pombal, os manifestantes deverão caminhar até à Praça dos Restauradores, onde a Climáximo dará a conhecer os resultados desta reunião.