Depois de uma entrada de rompante na nova aventura do Barcelona, João Félix não conseguiu contrariar a tendência genérica da equipa no plano coletivo e foi caindo em termos de produção. Aparecia menos, não fez qualquer golo ao longo de 12 encontros, teve um rendimento abaixo do que conseguira até aí, chegou mesmo a começar alguns jogos a partir do banco pelo desgaste das partidas consecutivas que foi fazendo mossa nas opções à disposição de Xavi Hernández. Nos últimos dias, tudo voltou a mudar com o português a marcar na vitória frente ao FC Porto que carimbou a passagem aos oitavos da Liga dos Campeões e a fazer o único golo na receção ao clube ao qual ainda está ligado por contrato, o Atl. Madrid. Mais uma vez, o tema de uma possível continuidade na Catalunha voltou a surgir com Joan Laporta a assegurar que “fará tudo” por isso.

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“Queremos muito que fiquem connosco no Barça. Pensamos encarar estas negociações num curto período de tempo porque, como sabem, o Deco está a planificar a melhor maneira que teremos para negociar. Temos uma boa relação com o Manchester City e com o Atl. Madrid”, destacou o presidente dos blaugrana, numa entrevista ao diário Asharq Al-Awsat durante uma viagem que fez aos EAU em busca de novas fontes de receita e exploração comercial onde falou também da situação de João Cancelo. “Estou convencido que vamos ser conseguir ainda chegar ao título porque conseguimos recuperar alguns jogadores lesionados. Voltámos a jogar com bola e, quando isso acontece, somos impossíveis”, acrescentou Laporta.

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No entanto, ainda é do clássico de domingo que se fala em Espanha, sobretudo à luz de tudo o que se passou com João Félix em campo entre as celebrações no golo, um “beijinho” atirado para as bancadas, o momento de tensão com o central Giménez e um sentimento de “indiferença” que veio do balneário do Atl. Madrid para receber o antigo companheiro. “A celebração foi espontânea. No fim de contas entras no calor do jogo e foi como que um alívio por tudo o que vivi no último verão. Só as pessoas que me são próximas sabem como foi, a minha família, principalmente. Isto foi para eles e um alívio”, explicou o português depois do encontro. E foram esses capítulos que antecederam a saída para a Catalunha que a Marca quis “desmontar”.

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O jornal começa por contar que, depois de todas as tentativas de resolver cedo a situação em relação ao seu futuro, João Félix voltou a San Rafael para o início dos trabalhos de pré-temporada sem cumprimentar quase ninguém entre companheiros, técnicos e responsáveis enquanto os mais próximos “rondavam pelos treinos em busca de caso, carinho ou, simplesmente, para incomodar os presentes”. Foram conhecidos os episódios nessa fase, alguns deles públicos, mas a principal marca foi mesmo a entrevista concedida ao jornalista italiano Fabrizio Romano, quando fez quase uma jura de amor ao Barça. “Adoraria jogar no Barcelona. Sempre foi a minha primeira escolha e adorava que fosse o meu próximo clube. Sempre foi esse o meu sonho desde pequeno. Se tal se concretizar, seria um sonho realizado”, destacou nessa conversa.

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A Marca aponta para esse momento como uma “facada” na relação com o Atl. Madrid, clube com quem tinha (e tem) contrato e lhe paga ordenado, mas sobretudo nos companheiros de equipa e nos próprios adeptos, que colocaram uma cruz em definitivo naquele que um dia chegou a ser uma espécie de “menino de ouro” também pela saída de Antoine Griezmann para… o Barcelona. Mais: o balneário que não passou ao lado das declarações de Félix pior ficou quando viu o comportamento do avançado na digressão de pré-temporada que os colchoneros fizeram, colocando em causa algumas “lesões suspeitas” que deixavam o ex-número 7 de fora das opções mesmo não contando para Diego Simeone. Samuel Lino, jogador que passou pelo Gil Vicente e que na última temporada passou pelo Valencia a título de empréstimo, era o único com quem falava.

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