A localização que a Supertaça de andebol ocupou no calendário permitiu consagrar uma espécie de campeão de inverno. Ninguém tem feito mais para merecer esse título do que o Sporting que continua invicto nas competições nacionais e soma agora 16 vitórias noutros tantos jogos. O triunfo na final da Supertaça que se disputou em Santo Tirso foi temperada com uma dose de entusiasmos extra. Além de ter sido conseguido contra o rival Benfica, o resultado (34-38) deu aos leões um troféu que não conquistavam há dez anos.

Depois do Benfica derrotar o Marítimo (37-31) e do Sporting ter afastado o FC Porto (35-34) nas meias-finais, sabia-se que o dérbi lisboeta reeditava um duelo que já se tinha visto na final da Supertaça da temporada passada, onde, nessa ocasião, os encarnados foram superiores e levaram o troféu. No entanto, o momento de forma das duas equipas, deixava prever que o Sporting, desta vez, fosse favorito, o mais não fosse pela vitória no duelo do campeonato.

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“Na final não há favoritos. Ainda nada está conquistado”, assumia o treinador do Sporting, Ricardo Costa, travando as expectativas antes do jogo. Pelo tom assumido por Jota González, técnico do Benfica, parecia assumido que os encarnados partiam como outsiders. “Para nós, é muito importante estar na final. A época tem sido de altos e baixos, mas temos melhorado. A final será muito importante. É um troféu que toda a gente quer ganhar e vamos dar o máximo”, havia afirmado o espanhol.

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O equilíbrio no encontro foi a nota dominante. Ao intervalo, o Sporting liderava por um ponto (17-18) sem que em momento algum uma das equipa tenha ameaçado distanciar-se. A segunda parte teve uma emoção diferente. Os contactos entre os jogadores começaram a ser mais agressivos e a emoção tomou conta do encontro. Os leões, que habitualmente se galvanizam nessas situações, aproveitaram para conquistar uma rara diferença de três golos. Num jogo em que os guarda-redes de parte a parte não estiveram particularmente inspirados, foram os laterais a brilhar. Filip Taleski não deixou o Benfica sair da luta pelo resultado, mas Martim Costa (foi o melhor marcador com nove golos) impediu que qualquer reação dos encarnados se tornasse em reviravolta.

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Assim, o Sporting conquistou a Supertaça pela quarta vez, algo que não acontecia desde 2013. Os leões encurtam a distância para o Benfica em termos de palmarés, visto que os encarnados venceram sete vezes este troféu.