A segunda-feira de Rúben Amorim não começou propriamente bem, com Coates a ficar de fora do Clássico por lesão. Depois, seguiu-se a titularidade de Pepe, que foi a jogo apesar de ter saído lesionado da partida contra o Shakhtar Donetsk. A alegria do treinador do Sporting, porém, estava toda reservada para depois das 20h15 desta mesma segunda-feira: entre a exibição contra o FC Porto, a vitória e o regresso à liderança isolada da Liga.

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Os leões têm agora mais um ponto do que o Benfica, mais três do que o FC Porto e mais cinco do que o Sp. Braga, sendo que voltaram a ganhar um jogo grande quase dois anos depois: desde janeiro de 2022 que o Sporting não conseguia vencer encarnados ou dragões, num total de nove Clássicos e dérbis consecutivos em que acabou derrotado ou a empatar. Se olharmos apenas para as partidas contra o FC Porto, o Sporting não ganhava desde janeiro de 2021, sendo que para encontrar triunfos contra os dragões em Alvalade é preciso recuar até 2016/17.

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Com esta vitória, a equipa de Rúben Amorim mantém-se absolutamente vitoriosa em casa esta temporada no Campeonato, com oito triunfos em oito jogos — ou seja, se ganhar a próxima partida em Alvalade, contra o Estoril, alcança um registo que não acontece desde 1979/80. Depois da partida, o treinador leonino defendeu que os detalhes acabaram por fazer a diferença no Clássico.

“Também acho que não marcámos mais golos pelos detalhes. Percebemos o que o FC Porto ia fazer, controlámos bem. Mas não fomos fortes nas saídas, ainda assim. Na primeira parte, houve saídas em que tínhamos o Pote completamente sozinho e tivemos algumas dificuldades em encontrar esses espaços. Tirámos a profundidade ao FC Porto. Fomos combativos e isso é sempre importante contra eles. Aumentámos o nível de agressividade e correu bem”, começou por dizer.

Mais à frente, Amorim reconheceu a importância da vitória, mas recordou que este foi apenas “um jogo do Campeonato”. “Obviamente que não ganhávamos contra eles há muito tempo, mas volto à mesma conversa. Tínhamos perdido alguns jogos por detalhes e tínhamos tido momentos muito bons nesses jogos. Ganhámos porque não deixámos o FC Porto criar, fomos mais agressivos. Mas isto não quer dizer nada, porque para a semana pode mudar. Da mesma maneira que perdemos em Guimarães… Vai ser um Campeonato longo”, acrescentou, antes de comentar a ausência de Coates e a boa exibição do jovem Eduardo Quaresma, que o substituiu.

“O Coates lesionou-se quase no último lance do treino, a treinar as bolas paradas. No momento em que arranca e salta sentiu uma dor. Repetimos o trabalho tático para o Quaresma entrar, mas ele já tinha jogado. Durante a semana o Quaresma fez o trabalho tático. Não está um, tem de entrar outro. Fez um excelente jogo. Não me preocupa o Quaresma fazer um bom jogo, mas sim fazer dois ou três jogos bons seguidos. Esse é o problema dele. Tem de dar o passo seguinte e manter esta capacidade”, explicou.

Já na sala de imprensa de Alvalade, Rúben Amorim foi confrontado com as palavras de Sérgio Conceição, que disse que o Sporting parecia estar já a festejar a conquista do título com celebrações tão efusivas. “Eu também concordo que o Campeonato só acaba em maio, mas as pessoas estão contentes. O Conceição falar depois de perder já é bom, portanto não vou comentar. Já sabemos que é explosivo quando perde, não vou comentar. Mas concordo completamente com o treinador do FC Porto, isto é mais um jogo de Campeonato”, terminou o treinador.