No mundo cinematográfico da Marvel, que saltou diretamente dos livros de banda desenhada para os grandes ecrãs, Thanos é um supervilão que pretende aniquilar metade da população mundial para que os recursos do planeta sejam distribuídos de forma mais eficiente. No momento em que percebe que é capaz de o fazer, antes de estalar os dedos e matar milhares de milhões de pessoas, solta a frase que se tornou uma autêntica imagem de marca: “Eu sou inevitável”.

Gyökeres, tão natural como a sede de liderança deles (a crónica do Sporting-FC Porto)

Se Thanos é o supervilão da Marvel, Gyökeres é cada vez mais o super-herói do Sporting — e também ele é inevitável. Depois de já ter marcado ao Benfica na Luz, num dérbi onde não deixou de ser o melhor em campo apesar da vitória encarnada, o avançado sueco voltou a ser decisivo no Clássico contra o FC Porto: abriu o marcador na primeira parte, assistiu para Pedro Gonçalves aumentar a vantagem na segunda e pelo meio ainda bisou, sendo que o golo foi anulado pelo VAR devido a uma falta durante o lance.

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Gyökeres chegou ao 17.º golo da temporada, o 10.º na Primeira Liga, e leva quatro jogos consecutivos a marcar em Alvalade. Com golos ao Benfica e ao Sporting na mesma época, igualou o feito de Paulinho — que fez o mesmo em 2021/22 — e juntou-se a uma lista que também inclui Acosta, Mário Jardel, Liedson e Slimani. Adicionalmente, tornou-se apenas o terceiro jogador a marcar e assistir contra os dragões no mesmo jogo nos últimos 30 anos, a par de Ouattara e Izmailov.

Depois do apito final, após ter recebido o prémio de Homem do Jogo, o avançado sueco não escondeu que este foi “um jogo difícil”. “Sabíamos que tínhamos de jogar bem para ganhar. Começámos bem, não sei por que é que o segundo golo foi anulado. Tivemos algum espaço para jogar, algo em que eles também são bons. Marcámos outro golo e não sofremos e isso é bom nestes jogos”, começou por dizer, recordando que o Sporting recuperou a liderança isolada da Liga com a vitória no Clássico.

“Jogámos com mais energia, com muita vontade. Todos os adeptos ajudaram e foi uma noite muito boa. Temos de continuar assim para acabarmos o Campeonato no primeiro lugar. Perdemos o último jogo para o Campeonato [V. Guimarães] e sabemos que as melhores equipas não perdem muitos jogos. Agora conseguimos recuperar neste jogo”, acrescentou Gyökeres, que deixou uma promessa relativamente ao festejo que faz sempre que marca um golo — e que esta segunda-feira foi imitado por Pedro Gonçalves. “Só depois do final da época é que vou contar por que é que festejo assim. Fica prometido”, atirou.