O novo secretário-geral do PS considerou, esta segunda-feira, que “já pouco distingue” a linguagem usada pelos líderes do PSD e do Chega, concluindo que a direita em Portugal está “muito extremada”.
À margem de uma visita às oficinas da CP, em Guifões, Matosinhos, no distrito do Porto, Pedro Nuno Santos defendeu, por outro lado, uma vitória nas eleições legislativas que permita “liderar uma solução de Governo com estabilidade”.
“Sinceramente, eu tenho visto os discursos de diferentes partidos de direita, a linguagem que é usada é uma linguagem muito extremada, aliás muito próxima já, pouco distingue a linguagem do líder do PSD da do líder do Chega”, sustentou, quando confrontado com as críticas de Luís Montenegro e André Ventura.
Naquele que foi o primeiro ponto da agenda como secretário-geral eleito do PS e que começou com 40 minutos de atraso, o sucessor de António Costa na liderança dos socialistas referiu que o programa eleitoral do partido para as eleições legislativas de março será apresentado “nas próximas semanas”.
“O que é importante é que o PS tenha uma grande vitória no dia 10 de março, que dispense o Chega de fazer parte de qualquer Governo e que permita o país avançar, é para isso que nós estamos a trabalhar”, afirmou.
Questionado sobre o queria dizer uma “grande vitória para o PS”, o ex-ministro das Infraestruturas explicou que seria uma com um resultado que garantisse estabilidade governativa.
“É uma vitória que permita ao PS liderar um Governo com estabilidade, é para isso que nós vamos trabalhar, apresentar o nosso programa eleitoral, discuti-lo com os portugueses e tentar mobilizar o povo português para termos uma vitória que garanta ao PS um peso suficiente para liderar uma solução de Governo com estabilidade”, respondeu.