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O governo da Malásia anunciou a proibição de entrada no país de qualquer navio com bandeira israelita ou em escala a caminho de Israel, devido à operação militar na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, indicou que esta decisão se deve às ações militares de Israel em Gaza, em violação de “princípios humanitários fundamentais” e da “lei universal devido a massacres e atrocidades contra civis palestinianos”, de acordo com um comunicado.

O responsável acrescentou que a medida vai incluir os navios mercantes da empresa israelita ZIM, que até agora atracavam regularmente nos portos da Malásia, apesar de Kuala Lumpur e Telavive não terem relações diplomáticas.

Anwar admitiu que as autoridades da Malásia concederam aos navios da ZIM permissão para atracar nos portos do país em 2005, mas garantiu que a ordem vai ser agora revogada.

“Da mesma forma, o governo da Malásia decidiu não permitir que nenhum navio com bandeira israelita atraque no país”, disse o primeiro-ministro, acrescentando que também não será permitida a entrada de navios que tenham Israel como destino final.

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“A Malásia está confiante de que estas decisões não vão prejudicar as atividades comerciais”, concluiu Anwar, também ministro das Finanças.

A Malásia, país de maioria muçulmana, não tem relações diplomáticas com Israel e é um firme defensor da causa da Palestina.

A 7 de outubro, o movimento islamita palestiniano Hamas lançou um ataque em Israel, matando 1.140 pessoas, de acordo com os últimos números das autoridades israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram feitas reféns no mesmo ataque do Hamas, tendo sido já libertados mais de 100 israelitas e estrangeiros em troca de 240 prisioneiros palestinianos durante uma trégua de uma semana, no mês passado, mediada pelo Qatar.

Após o ataque, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e tem bombardeado regularmente o enclave palestiniano, além de ter bloqueado o acesso a bens essenciais como água, medicamentos e combustível.

De acordo com as autoridades palestinianas de Gaza, controladas pelo Hamas, considerado uma organização terrorista pela UE, pelos Estados Unidos e por Israel, os bombardeamentos israelitas já causaram quase 20 mil mortos.