No jogo contra o AVS para a Taça da Liga (4-1), devido à margem que os encarnados tinham para chegar à Final Four, Roger Schmidt tinha margem de manobra para arriscar na escolha do onze inicial e dar minutos a jogadores menos utilizados. Ignorando esse facto, o treinador do Benfica manteve as hierarquias que tem vindo a construir no plantel apenas lançando Tomás Araújo no lote de titulares em detrimento de Otamendi.

O batismo de Tiago Gouveia foi remédio santo depois do pecado (a crónica do Benfica-AVS)

Com a vantagem que os encarnados foram construindo, Schmidt distribuiu alguns presentes de Natal. Uns jogadores aproveitaram melhor do que outros. Tiago Gouveia usou a oportunidade que lhe foi dada, estreando-se a marcar no Estádio da Luz. “Todos os jogadores querem sempre jogar. O Tiago está a sair-se bem no treino. Claro que para ele é um grande passo pela história desde a formação. Ele já tem alguns minutos. Hoje esteve bem quando entrou. Espero que na segunda parte da temporada ele possa jogar mais. É com ele. Ele tem que mostrar tudo no campo, com bola, sem bola, te, que ser confiável taticamente. Ele pode jogar e várias posições. Tem o treino e cada minuto em campo para ser melhor. No final, não quero saber. Os jogadores decidem por eles próprios o tempo que jogam”, comentou Schmidt.

Existem algumas lacunas que continuam a ser evidentes no plantel e por isso, o alemão já olha para janeiro, mas não necessariamente para trazer novos jogadores. “Esperemos que o Bernat, o Neres e o Bah regressem ao treino. São quase novos jogadores. Têm estado fora a época toda. Estes são três novos jogadores para mim e depois vemos o que é possível ou necessário no mercado”.

Aursnes e Morato têm sido os mais sacrificados do plantel ao serem colocados em posições que não lhes são naturais. No caso do norueguês, Roger Schmidt considera que a experiência que jogador tem acumulado na posição tem levado ao aperfeiçoamento de algumas qualidade. “Não precisamos de equilíbrio à direita, precisamos de equilíbrio em toda a equipa. O Aursnes é muito flexível neste estilo de jogo, consegue adaptar-se a diferentes posições”, analisou o técnico. “A cada jogo, a sensação é melhor e a relação no lado direito [com Di María] é de topo, é difícil dos defender”.

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