Tidjane Thiam, antigo diretor executivo do extinto banco suíço Credit Suisse, foi eleito na sexta-feira líder do Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI, na sigla em francês), o principal partido da oposição do país.
Num congresso realizado na capital, Yamoussoukro, o empresário franco-marfinense obteve 96,5% dos votos contra 3,2% do seu adversário, o presidente da câmara da comuna de Cocody, em Abidjan, Jean-Marc Yacé.
Thiam tornou-se assim o terceiro presidente eleito na história do PDCI, fundado em 1946, depois do pai da nação marfinense, Félix Houphouët Boigny, e de um outro antigo chefe de Estado, Henri Konan Bédié, falecido em agosto.
Depois de prestar “uma homenagem sentida aos seus antecessores”, Thiam afirmou que “o desenrolar e o resultado do congresso honraram” o partido.
“É com grande humildade que aceito a responsabilidade que decidiram confiar-me”, acrescentou.
Mais de seis mil delegados foram chamados a votar na sexta-feira em Yamoussoukro para eleger um novo presidente para o PDCI.
A votação decorreu sem problemas, no final do dia, e os resultados foram anunciados por volta da meia-noite (01:00 de hoje em Lisboa). A taxa de participação foi de 64%.
O também antigo ministro do Planeamento e do Desenvolvimento era o favorito, graças à sua reputação internacional e ao apoio de uma grande maioria dos deputados do partido.
Thiam, de 61 anos, deverá apresentar-se como candidato presidencial do partido nas eleições previstas para 2025 na Costa do Marfim.
O congresso do PDCI estava inicialmente marcado para 16 de dezembro mas foi adiado pela justiça da Costa do Marfim, devido a uma queixa apresentada por dois ativistas que alegavam irregularidades na lista de delegados.
Os ativistas acusaram os organizadores de não terem publicado os nomes dos candidatos ou de não terem incluído alguns dirigentes locais do partido nas listas dos que deviam votar.