Os tempos médios de espera para doentes urgentes nos hospitais da região de Lisboa variavam às 22h00 desta quarta-feira entre as mais de 8 horas, no Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), e os 47 minutos, no Garcia de Orta, em Almada.

De acordo com os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde, consultados pela agência Lusa, 64 doentes com pulseira amarela (urgente) encontravam-se às 22h00 desta quarta-feira no serviço de urgência geral do hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), com um tempo médio de espera de 8 horas e 23 minutos, quando o tempo recomendado é de 60 minutos.

Nesta unidade, duas pessoas com pulseira laranja (tempo recomendado de 10 minutos) aguardavam com um tempo de espera de 2 horas e 30 minutos.

No serviço de urgência geral do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, 61 pessoas aguardavam com pulseira amarela, com um tempo de espera de 5 horas e 14 minutos, enquanto no Hospital Santa Maria, o tempo médio de espera era de 2 horas e 7 minutos, estando àquela hora 52 pessoas com pulseira amarela no serviço de urgência central e duas pessoas com pulseira laranja e tempo de espera de 1 hora e 26 minutos. Nos hospitais São José e São Francisco Xavier, o tempo de espera é de 3 horas e 6 minutos (22 pessoas) e 2 horas e 21 minutos (9), respetivamente.

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No Hospital Garcia de Orta, em Almada, o tempo médio de espera estava dentro do recomendado, com 47 minutos para doentes muito urgentes, mas para doentes urgentes, o tempo de espera era de uma hora e 56 minutos.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, estimou esta quarta-feira que a situação relativa aos tempos de espera nos hospitais, sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo, abrande apenas na próxima semana, a primeira de janeiro.

Manuel Pizarro diz que dificuldades nos hospitais são habituais e critica discurso alarmista dos médicos

De acordo com o governante, “habitualmente, estas agudizações das infeções respiratórias ocorrem por períodos de duas/três semanas”, estando já monitorizado “desde meados de dezembro, paulatinamente, um agravamento da situação no que diz respeito aos adultos”, depois de um pico nas crianças registado em novembro.

O ministro, que falava no Porto, à margem da entrega das Distinções de Mérito Ricardo Jorge, voltou a apelar às pessoas que, antes de se dirigirem a um hospital, usem todos os meios prévios ao seu alcance, incluindo o recurso aos centros de saúde e a linha SNS 24.

Na região do Porto, no Hospital Santo António, o tempo de espera para doentes urgentes é de 3 horas e 37 minutos encontrando-se à espera 17 pessoas, enquanto três pessoas estavam com pulseira laranja, com um tempo de espera de 54 minutos.

No Hospital Eduardo Santos Silva, Vila Nova de Gaia, estavam à espera na urgência polivalente 44 pessoas com pulseira amarela, com tempo de espera de 03 horas e 32 minutos, enquanto três pessoas estavam com pulseira laranja, com tempo de espera de 42 minutos. A urgência pediátrica tinha quatro doentes urgentes com um tempo de espera de 2 horas e 9 minutos.

Já no Pedro Hispano, em Matosinhos, o tempo de espera para doentes urgentes era de 2 horas e 56 minutos (6 pessoas) e para muito urgentes era de 20 minutos (2 pessoas).

No Hospital S. João, o tempo médio de espera era de uma hora e 55 minutos para doentes urgentes, encontrando-se 34 pessoas com pulseira amarela. Na urgência pediátrica, o tempo de espera para doentes urgentes era de 58 minutos (10 pessoas).

A triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul).

Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).